Publicidade
Publicidade
01/09/2005
-
16h40
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O relator do processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), disse nesta quinta-feira ter aumentado a sua responsabilidade perante a Casa, após o resultado da votação do pedido de cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
O pedido contra Jefferson foi aprovado hoje por unanimidade no Conselho e deve entrar em votação no plenário da Câmara na semana após o feriado de 07 de setembro.
"Aumenta a minha responsabilidade como relator do caso José Dirceu no sentido de elaborar o nosso parecer com muita competência, para não darmos nenhum tipo de brecha. Para prestarmos os esclarecimentos, fazermos um relatório único, peça única, incontestável. Aumenta a responsabilidade e o compromisso", avaliou Delgado.
José Dirceu é alvo de uma representação movida contra ele pelo PTB, que o acusa de quebra de decoro parlamentar por ferir as normas de funcionamento do Legislativo ao criar e comandar o esquema do "mensalão".
Delgado criticou a falta de disposição das testemunhas arroladas no caso Dirceu em comparecem para depor no Conselho. "São atitudes protelatórias e cada dia que se adia um testemunho, seja de defesa ou até na representação do PTB, só vão surgindo novos fatos que serão alusivos quando apresentarmos o nosso relatório."
Defesa e acusação
O primeiro depoimento a ser tomado no caso Dirceu será o do ex-ministro da Coordenação Política, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no dia 13 de setembro. No dia 14 serão ouvidos o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP); Eduardo Campos (PSB-PE) que é ex-ministro da Ciência e Tecnologia e o escritor Fernando Morais, segundo informou Delgado.
"Paralelamente às investigações que estamos fazendo iniciaremos a fase de inquirições, a partir do depoimento do deputado Aldo", afirmou Delgado. O Conselho --que não tem poderes para convocar-- convidou para depor pela acusação os presidentes do Banco Rural, Kátia Rabelo, e do BMG, Flávio Guimarães.
O relator também chamou para explicar sua participação no caso, como avalista dos empréstimos que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza fez para o PT, o ex-presidente nacional do partido, José Genoino.
Julio Delgado quer ouvir ainda a ex-assessora do PT de Londrina, Soraia Garcia, que acusou Dirceu de levar R$ 300 mil em dinheiro para a representação local do partido, conforme reportagem publicada nesta terça-feira na Folha de S.Paulo. Antonio Lucas Buzato, ex-assessor de Dirceu, que teria sacado dinheiro das contas de Marcos Valério também deverá ser ouvido.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Dirceu
Leia a cobertura completa sobre o caso do "mensalão"
Relator do caso Dirceu diz que sua responsabilidade aumentou
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O relator do processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), disse nesta quinta-feira ter aumentado a sua responsabilidade perante a Casa, após o resultado da votação do pedido de cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
O pedido contra Jefferson foi aprovado hoje por unanimidade no Conselho e deve entrar em votação no plenário da Câmara na semana após o feriado de 07 de setembro.
"Aumenta a minha responsabilidade como relator do caso José Dirceu no sentido de elaborar o nosso parecer com muita competência, para não darmos nenhum tipo de brecha. Para prestarmos os esclarecimentos, fazermos um relatório único, peça única, incontestável. Aumenta a responsabilidade e o compromisso", avaliou Delgado.
José Dirceu é alvo de uma representação movida contra ele pelo PTB, que o acusa de quebra de decoro parlamentar por ferir as normas de funcionamento do Legislativo ao criar e comandar o esquema do "mensalão".
Delgado criticou a falta de disposição das testemunhas arroladas no caso Dirceu em comparecem para depor no Conselho. "São atitudes protelatórias e cada dia que se adia um testemunho, seja de defesa ou até na representação do PTB, só vão surgindo novos fatos que serão alusivos quando apresentarmos o nosso relatório."
Defesa e acusação
O primeiro depoimento a ser tomado no caso Dirceu será o do ex-ministro da Coordenação Política, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no dia 13 de setembro. No dia 14 serão ouvidos o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP); Eduardo Campos (PSB-PE) que é ex-ministro da Ciência e Tecnologia e o escritor Fernando Morais, segundo informou Delgado.
"Paralelamente às investigações que estamos fazendo iniciaremos a fase de inquirições, a partir do depoimento do deputado Aldo", afirmou Delgado. O Conselho --que não tem poderes para convocar-- convidou para depor pela acusação os presidentes do Banco Rural, Kátia Rabelo, e do BMG, Flávio Guimarães.
O relator também chamou para explicar sua participação no caso, como avalista dos empréstimos que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza fez para o PT, o ex-presidente nacional do partido, José Genoino.
Julio Delgado quer ouvir ainda a ex-assessora do PT de Londrina, Soraia Garcia, que acusou Dirceu de levar R$ 300 mil em dinheiro para a representação local do partido, conforme reportagem publicada nesta terça-feira na Folha de S.Paulo. Antonio Lucas Buzato, ex-assessor de Dirceu, que teria sacado dinheiro das contas de Marcos Valério também deverá ser ouvido.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice