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05/09/2005
-
13h16
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso nesta segunda-feira defendendo-se de críticas à sua gestão, sugerindo que a taxa de juros deve começar a cair e afirmando que "caiu do cavalo" quem quis fazer conflito político pensando que poderia "tirar a economia dos trilhos".
"Se alguém achou que ia criar conflito político e a economia ia sair dos trilhos [por causa disso], caiu do cavalo", disse o presidente em discurso de abertura da ExpoAbras 2005, congresso do setor supermercadista que acontece na capital paulista.
O presidente também indicou que a trajetória da política econômica deve mudar de direção. "Obviamente, nós entendemos que os juros, agora, têm que entrar numa rota diferente do que fez até agora, porque a inflação me parece que está definitivamente controlada", disse ele.
De janeiro de 2004 até maio de 2005, a taxa básica de juros subiu de 16,50% para 19,75% e ficou congelada neste patamar nas últimas três reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Lula também afirmou que a economia cresce a "oito trimestres consecutivos e a inflação é a menor dos últimos cinco anos".
Mudanças na economia
O presidente fez um discurso voltado para suas realizações no campo econômico, com muito poucos improvisos, menções ao momento político e críticas à gestão anterior.
"Hoje, o Brasil vive um ciclo de crescimento sem inflação, muito diferente da instabilidade sem crescimento e sem exportação do passado", disse o presidente, em uma frase síntese de seu discurso.
Lula afirmou que a situação das contas externas, com exportações superiores a US$ 111 bilhões no acumulado do ano, reduziu a vulnerabilidade externa do país.
"É forçoso reconhecer que a economia entrou em uma nova dinâmica. A revolução da oferta, o fôlego da demanda, os resultados das contas externas e, sobretudo, a retomada dos investimentos, configura um ciclo de solidez inédita nas últimas décadas da nossa história", afirmou.
Críticas
O presidente também aproveitou sua fala para se defender de críticas dos últimos meses com a piora da crise política, como por exemplo, de que foi eleito sem um projeto de nação.
"A estratégia do governo foi diferente das demais. Foi trocar um Brasil da dependência financeira pelo Brasil da inserção soberana na competitiva economia global. E vocês sabem que isso muda tudo', disse, para depois acrescentar: 'Deixamos a posição subalterna e equivocada que via no endividamento crescente e no acúmulo de passivos comerciais o fermento modernizador da nossa estrutura produtiva."
Segundo Lula, esse processo contribuiu para prejudicar o setor produtivo e provocar "devastação de empregos na cidade e pobreza na zona rural".
"A verdade é que fizemos essa escolha com base num projeto de nação e construímos um caminho que se mostrou promissor. Superamos um dos principais gargalos do desenvolvimento brasileiro, expresso na incapacidade de gerar divisas para reduzir nossa vulnerabilidade externa e ampliar o potencial produtivo", afirmou.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso nesta segunda-feira defendendo-se de críticas à sua gestão, sugerindo que a taxa de juros deve começar a cair e afirmando que "caiu do cavalo" quem quis fazer conflito político pensando que poderia "tirar a economia dos trilhos".
"Se alguém achou que ia criar conflito político e a economia ia sair dos trilhos [por causa disso], caiu do cavalo", disse o presidente em discurso de abertura da ExpoAbras 2005, congresso do setor supermercadista que acontece na capital paulista.
Moacyr Lopes Junior/FI |
O presidente Lula, em evento em SP |
De janeiro de 2004 até maio de 2005, a taxa básica de juros subiu de 16,50% para 19,75% e ficou congelada neste patamar nas últimas três reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Lula também afirmou que a economia cresce a "oito trimestres consecutivos e a inflação é a menor dos últimos cinco anos".
Mudanças na economia
O presidente fez um discurso voltado para suas realizações no campo econômico, com muito poucos improvisos, menções ao momento político e críticas à gestão anterior.
"Hoje, o Brasil vive um ciclo de crescimento sem inflação, muito diferente da instabilidade sem crescimento e sem exportação do passado", disse o presidente, em uma frase síntese de seu discurso.
Lula afirmou que a situação das contas externas, com exportações superiores a US$ 111 bilhões no acumulado do ano, reduziu a vulnerabilidade externa do país.
"É forçoso reconhecer que a economia entrou em uma nova dinâmica. A revolução da oferta, o fôlego da demanda, os resultados das contas externas e, sobretudo, a retomada dos investimentos, configura um ciclo de solidez inédita nas últimas décadas da nossa história", afirmou.
Críticas
O presidente também aproveitou sua fala para se defender de críticas dos últimos meses com a piora da crise política, como por exemplo, de que foi eleito sem um projeto de nação.
"A estratégia do governo foi diferente das demais. Foi trocar um Brasil da dependência financeira pelo Brasil da inserção soberana na competitiva economia global. E vocês sabem que isso muda tudo', disse, para depois acrescentar: 'Deixamos a posição subalterna e equivocada que via no endividamento crescente e no acúmulo de passivos comerciais o fermento modernizador da nossa estrutura produtiva."
Segundo Lula, esse processo contribuiu para prejudicar o setor produtivo e provocar "devastação de empregos na cidade e pobreza na zona rural".
"A verdade é que fizemos essa escolha com base num projeto de nação e construímos um caminho que se mostrou promissor. Superamos um dos principais gargalos do desenvolvimento brasileiro, expresso na incapacidade de gerar divisas para reduzir nossa vulnerabilidade externa e ampliar o potencial produtivo", afirmou.
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