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06/09/2005
-
09h25
CHICO DE GOIS
da Folha de S.Paulo
A declaração de apoio do presidente interino do PT, Tarso Genro, ao candidato do Campo Majoritário à presidência do partido, Ricardo Berzoini, é vista por alguns petistas como uma espécie de segundo "round" na disputa entre o ex-ministro da Educação e o deputado José Dirceu (SP), ex-ministro da Casa Civil.
No domingo, Tarso, que desistiu de sua candidatura à presidência do PT porque não conseguiu demover Dirceu de permanecer na chapa do Campo Majoritário, anunciou sua adesão a Berzoini.
Este, por sua vez, subscreveu um documento em favor do movimento Refundação Partidária, de autoria de Tarso, que pretende ser uma opção ao Campo, atualmente dominado por Dirceu.
"A posição do Tarso significa um apoio a Berzoini no enfrentamento contra Dirceu", avalia um deputado do Campo Majoritário que pediu para não ser identificado. Berzoini já declarou que prefere ver o ex-ministro da Casa Civil longe do Campo Majoritário, mas afirmou que não irá pedir para que ele deixe a chapa.
Para outro petista, a declaração de apoio a Berzoini tem como objetivo demonstrar publicamente que o candidato da maior corrente interna do PT terá como compromisso se "descolar" do ex-ministro. Além disso, para um parlamentar petista, Tarso não tinha outro caminho que não declarar apoio ao secretário-geral. "Após deixar o Ministério da Educação e ter sido derrotado na disputa com Dirceu, ele [Tarso] ficaria sem importância no processo interno de eleição se não manifestasse apoio ao candidato com chances de vencer", disse esse parlamentar.
A escolha de Berzoini como candidato do Campo causou um racha na tendência. O grupo de Jilmar Tatto, ex-secretário municipal de Transportes da gestão de Marta Suplicy, que apoiava o Campo, anunciou que pretende votar em Valter Pomar, atual terceiro-vice-presidente e candidato pela Articulação de Esquerda.
Para alguns petistas, a opção por Berzoini não contou com o aval de todo o Campo. "A escolha de Berzoini deveria ter sido feita em debate interno da corrente", defendeu o deputado Devanir Ribeiro (SP). O deputado federal Chico Alencar (PT-RJ) não se surpreendeu com a disposição de Tarso de apoiar o atual secretário-geral para a presidência. "Ele se identifica com Berzoini", disse.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Tarso Genro
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Apoio a Berzoini é visto como nova disputa de Tarso e Dirceu
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da Folha de S.Paulo
A declaração de apoio do presidente interino do PT, Tarso Genro, ao candidato do Campo Majoritário à presidência do partido, Ricardo Berzoini, é vista por alguns petistas como uma espécie de segundo "round" na disputa entre o ex-ministro da Educação e o deputado José Dirceu (SP), ex-ministro da Casa Civil.
No domingo, Tarso, que desistiu de sua candidatura à presidência do PT porque não conseguiu demover Dirceu de permanecer na chapa do Campo Majoritário, anunciou sua adesão a Berzoini.
Este, por sua vez, subscreveu um documento em favor do movimento Refundação Partidária, de autoria de Tarso, que pretende ser uma opção ao Campo, atualmente dominado por Dirceu.
"A posição do Tarso significa um apoio a Berzoini no enfrentamento contra Dirceu", avalia um deputado do Campo Majoritário que pediu para não ser identificado. Berzoini já declarou que prefere ver o ex-ministro da Casa Civil longe do Campo Majoritário, mas afirmou que não irá pedir para que ele deixe a chapa.
Para outro petista, a declaração de apoio a Berzoini tem como objetivo demonstrar publicamente que o candidato da maior corrente interna do PT terá como compromisso se "descolar" do ex-ministro. Além disso, para um parlamentar petista, Tarso não tinha outro caminho que não declarar apoio ao secretário-geral. "Após deixar o Ministério da Educação e ter sido derrotado na disputa com Dirceu, ele [Tarso] ficaria sem importância no processo interno de eleição se não manifestasse apoio ao candidato com chances de vencer", disse esse parlamentar.
A escolha de Berzoini como candidato do Campo causou um racha na tendência. O grupo de Jilmar Tatto, ex-secretário municipal de Transportes da gestão de Marta Suplicy, que apoiava o Campo, anunciou que pretende votar em Valter Pomar, atual terceiro-vice-presidente e candidato pela Articulação de Esquerda.
Para alguns petistas, a opção por Berzoini não contou com o aval de todo o Campo. "A escolha de Berzoini deveria ter sido feita em debate interno da corrente", defendeu o deputado Devanir Ribeiro (SP). O deputado federal Chico Alencar (PT-RJ) não se surpreendeu com a disposição de Tarso de apoiar o atual secretário-geral para a presidência. "Ele se identifica com Berzoini", disse.
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