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06/09/2005
-
10h08
da Folha de S.Paulo
Ato no reduto histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o centro de São Bernardo do Campo (SP)-- reuniu ontem, segundo a polícia, 2.000 pessoas em defesa do governo federal, entre sindicalistas, religiosos, políticos e militantes petistas e do PC do B.
Em palco montado em frente à Igreja Matriz da cidade, onde Lula já recebeu abrigo em 1979 quando liderava uma greve, o presidente do PT, Tarso Genro, disse que o objetivo da oposição era "abater a auto-estima da classe trabalhadora", e não exigir punição dos erros do PT. "Se quisessem investigar o caixa dois, teriam começado muito antes", afirmou em ataque ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Mesmo com a permanência do ex-ministro José Dirceu na chapa do Campo Majoritário, Tarso afirmou que apoiará o secretário-geral, Ricardo Berzoini, candidato a presidente pela corrente. Segundo Tarso, Berzoini também representa a "refundação" do partido que ele propõe.
O evento foi também em defesa da reeleição de Lula. "Um, dois, três, Lula outra vez" foi palavra de ordem puxada do palco, decorado com bandeiras do PT e material de campanha de 2002 (A foto de Lula e a frase "Eu quero um Brasil decente", por exemplo). Um pastor da Assembléia de Deus e uma freira também defenderam o presidente em discursos.
O deputado federal Professor Luizinho (PT-SP), um dos acusados de envolvimento no escândalo do "mensalão", acompanhou a marcha do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC à Praça da Matriz. Deu autógrafos. "Eu não sou envolvido, sou inocente", respondeu Luizinho.
O relatório parcial das CPIs recomenda a cassação dele porque seu assessor, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil do esquema do publicitário mineiro Marcos Valério de Souza, apontado como operador do suposto "mensalão".
Questionado sobre a presença de Luizinho, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, José Lopez Feijó, disse: "Não posso proibir ninguém de vir, não posso prejulgar".
O deputado federal Vicentinho (PT) saiu em defesa de Luizinho no palco: "Cadê o companheiro Luizinho? Nessa hora a gente tem que ser companheiro. Esses companheiros não são corruptos que nem Valdemar Costa Neto ou Antonio Carlos Magalhães. É preciso separar o joio do trigo", disse ele.
Costa Neto, ex-presidente do PL, renunciou ao mandato de deputado. Ele também sacou dinheiro do esquema de Valério.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o caso do "mensalão"
Leia o que já foi publicado sobre a crise no governo
2.000 vão às ruas em favor de Lula no ABC
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Ato no reduto histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o centro de São Bernardo do Campo (SP)-- reuniu ontem, segundo a polícia, 2.000 pessoas em defesa do governo federal, entre sindicalistas, religiosos, políticos e militantes petistas e do PC do B.
Em palco montado em frente à Igreja Matriz da cidade, onde Lula já recebeu abrigo em 1979 quando liderava uma greve, o presidente do PT, Tarso Genro, disse que o objetivo da oposição era "abater a auto-estima da classe trabalhadora", e não exigir punição dos erros do PT. "Se quisessem investigar o caixa dois, teriam começado muito antes", afirmou em ataque ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Mesmo com a permanência do ex-ministro José Dirceu na chapa do Campo Majoritário, Tarso afirmou que apoiará o secretário-geral, Ricardo Berzoini, candidato a presidente pela corrente. Segundo Tarso, Berzoini também representa a "refundação" do partido que ele propõe.
O evento foi também em defesa da reeleição de Lula. "Um, dois, três, Lula outra vez" foi palavra de ordem puxada do palco, decorado com bandeiras do PT e material de campanha de 2002 (A foto de Lula e a frase "Eu quero um Brasil decente", por exemplo). Um pastor da Assembléia de Deus e uma freira também defenderam o presidente em discursos.
O deputado federal Professor Luizinho (PT-SP), um dos acusados de envolvimento no escândalo do "mensalão", acompanhou a marcha do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC à Praça da Matriz. Deu autógrafos. "Eu não sou envolvido, sou inocente", respondeu Luizinho.
O relatório parcial das CPIs recomenda a cassação dele porque seu assessor, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil do esquema do publicitário mineiro Marcos Valério de Souza, apontado como operador do suposto "mensalão".
Questionado sobre a presença de Luizinho, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, José Lopez Feijó, disse: "Não posso proibir ninguém de vir, não posso prejulgar".
O deputado federal Vicentinho (PT) saiu em defesa de Luizinho no palco: "Cadê o companheiro Luizinho? Nessa hora a gente tem que ser companheiro. Esses companheiros não são corruptos que nem Valdemar Costa Neto ou Antonio Carlos Magalhães. É preciso separar o joio do trigo", disse ele.
Costa Neto, ex-presidente do PL, renunciou ao mandato de deputado. Ele também sacou dinheiro do esquema de Valério.
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