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10/09/2005 - 14h02

Maluf e seu filho Flávio estão presos na PF em SP

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da Folha Online

O ex-prefeito Paulo Salim Maluf, 74, e seu filho Flávio, presos na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo podem passar o fim de semana detidos, caso seus advogados protelem o pedido de habeas corpus.

De acordo com a subsecretaria da terceira turma do TRF (Tribunal Regional Federal) --que deverá receber o pedido de habeas corpus de Maluf e Flávio, impetrado por seus advogados--, nenhuma solicitação foi feita ainda.

Maluf se entregou à PF na madrugada deste sábado, após a juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal de São Paulo, na sexta-feira, aceitar o pedido de prisão preventiva contra eles. Flávio foi preso de manhã em uma fazenda no município de Dourado, no interior paulista.

Os dois são acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se condenados, a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.

Teor da decisão

Os advogados de Maluf e Flávio, José Roberto Leal, Ricardo Tosto e José Roberto Batocchio informaram que vão pedir pela libertação de seus clientes por entender que "as prisões não tiveram fundamentos jurídicos". Entretanto, eles disseram que antes necessitam conhecer o teor da decisão da Justiça.

A demora na entrada do pedido de habeas corpus pode ser uma tática dos advogados para fundamentar melhor a defesa. O processo, que corre em segredo de Justiça, segundo a assessoria da Justiça Federal, encontra-se na secretaria do Fórum Federal Criminal do bairro Cerqueira Cesar (zona oeste) e só poderia ser solicitado na próxima segunda-feira.

A prisão preventiva tem prazo indeterminado e foi aceita pela juíza com base em escutas telefônicas feitas pela PF, nas quais Flávio apareceria tentando induzir o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, também envolvido nas acusações. A juíza entendeu que Maluf e seu filho, em liberdade, poderiam atrapalhar o andamento do processo, ocultar provas e coagir testemunhas.

Além do pedido de prisão preventiva, a juíza aceitou, na noite desta sexta-feira, todas as denúncias do Ministério Público contra o ex-prefeito e seu filho Flávio, o doleiro Alves e o ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira.

Algemas

Flávio chegou algemado à sede da Superintendência da PF por volta das 8h30, acompanhado por agentes federais. A exemplo de seu pai, que se entregou horas antes, por volta de 0h30, Flávio não concedeu entrevista.

Maluf, ex-prefeito de São Paulo, chegou à PF em um Santana preto, acompanhado por advogados e seguranças e, durante a madrugada, passou por exame de corpo de delito. Visivelmente abatido, Maluf se recusou a falar com os jornalistas.

Segundo a assessoria do ex-prefeito, ontem Maluf estava em Campos do Jordão (SP), quando foi informado do pedido de prisão preventiva. Ele deveria ser preso só no início da manhã deste sábado, mas se antecipou e foi para a sede da PF.

Informações ainda não-confirmadas dão conta que o ex-prefeito, muito abalado, pediu para ficar ao lado de seu filho, que teria chorado ao chegar à Superintendência da PF. Eles estariam agora dividindo a mesma cela. Após a prisão, os advogados do ex-prefeito levaram colchão e travesseiro para a PF.

Habeas corpus

O expediente da subsecretaria da terceira turma do TRF (Tribunal Regional Federal) --que deve receber o pedido de habeas corpus de Maluf e de Flávio--, encerra-se às 12h, mas o plantão do TRF funciona 24 horas.

Assim, caso os advogados do ex-prefeito e de seu filho entrem com o pedido de habeas corpus ainda hoje, funcionários do TRF serão chamados para encaminhar o pedido ao desembargador Márcio Moraes, que decidirá sobre o caso.

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