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11/09/2005
-
10h12
da Folha Online
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) deve conceder entrevista coletiva ao meio-dia deste domingo, no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, para explicar as denúncias de que teria cobrado propina do empresário Sebastião Buani, concessionário de um restaurante na Câmara.
Assim que chegou a Brasília neste sábado, vindo de Nova York (EUA), Severino se reuniu com o seu advogado José Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o secretário-geral da Mesa diretora da Câmara, Mozart de Paiva e com o assessor jurídico da Casa, Marcos Vasconcelos. A reunião foi marcada para discutir as táticas de defesa sobre as acusações contra Severino. Ele afirmou a seus interlocutores que não irá renunciar.
Logo após o encontro, o advogado Alckmin disse que Severino pediu que seus acusadores fossem processados por calúnia. "Tenho a incumbência, já para segunda-feira, de entrar com queixa-crime contra seus acusadores".
A queixa-crime, por calúnia, segundo ele, será contra Sebastião Augusto Buani e contra os veículos de comunicação que não ouviram a versão do deputado. "Eles estarão obrigados a provar na Justiça as informações que deram", disse Alckmin.
Pela conversa que teve com Severino, o advogado disse que a intenção do deputado não é renunciar, mas se defender. Mesmo uma licença do cargo estaria descartada. De acordo com Alckmin, o presidente da Câmara "espera que a nação tenha ouvidos e boa vontade para escutar sua defesa, sem pré-julgamento".
Já o assessor jurídico da Câmara disse que existe uma campanha para derrubar o presidente da Casa, com base em um documento falso. "Há uma conspiração imensa contra o presidente da Câmara. Estão pegando os 42 anos de vida pública de um homem e jogando na lixeira, por uma questão política, quando se deveria prestar mais atenção em que é Buani", afirmou.
Vasconcelos também afirmou que Severino viu pela primeira vez o documento --suposta cópia do contrato do restaurante que teria sido assinada por Severino-- quando apareceu em um fac-símile publicado pela revista "Veja".
"E sexta-feira tive acesso ao documento na Polícia Federal. E afirmo que é falso", disse. Esse documento, segundo o assessor jurídico da Câmara, é o mesmo que Buani afirma ter recebido.
"Não é a assinatura do presidente Severino. Levei mais de 50 assinaturas para checar com aquela, é uma tentativa de imitação. A "Veja" é que criou essa história, em cima de um papel apócrifo, que foi vendido a ela por Izeílton".
Izeílton Carvalho é ex-gerente do restaurante Fiorella de Buani. Na semana passada, ele afirmou, em depoimento à PF, que Severino cobrou uma mesada de Buani --seu então patrão-- para prorrogar a concessão de uso do restaurante na Câmara. Buani também confirmou a história depois, em entrevista coletiva à imprensa.
Vasconcelos ainda disse que o ônus da prova está sendo invertido, uma vez que não existem provas. Buani afirmou em depoimento à PF ainda não ter provas de que teria pago propina a Severino, então primeiro-secretário da Câmara. Mas informou que, até a próxima terça-feira, espera que o banco Bradesco entregue cópia de um cheque que teria emitido em favor de Severino.
"O senhor Buani não apresentou esse cheque porque ele não existe", disse Vasconcelos.
Com Agência Brasil
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
Leia o que já foi publicado sobre o empresário Sebastião Buani
Severino dá entrevista hoje para explicar denúncias de propina
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O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) deve conceder entrevista coletiva ao meio-dia deste domingo, no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, para explicar as denúncias de que teria cobrado propina do empresário Sebastião Buani, concessionário de um restaurante na Câmara.
Assim que chegou a Brasília neste sábado, vindo de Nova York (EUA), Severino se reuniu com o seu advogado José Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o secretário-geral da Mesa diretora da Câmara, Mozart de Paiva e com o assessor jurídico da Casa, Marcos Vasconcelos. A reunião foi marcada para discutir as táticas de defesa sobre as acusações contra Severino. Ele afirmou a seus interlocutores que não irá renunciar.
Logo após o encontro, o advogado Alckmin disse que Severino pediu que seus acusadores fossem processados por calúnia. "Tenho a incumbência, já para segunda-feira, de entrar com queixa-crime contra seus acusadores".
A queixa-crime, por calúnia, segundo ele, será contra Sebastião Augusto Buani e contra os veículos de comunicação que não ouviram a versão do deputado. "Eles estarão obrigados a provar na Justiça as informações que deram", disse Alckmin.
Pela conversa que teve com Severino, o advogado disse que a intenção do deputado não é renunciar, mas se defender. Mesmo uma licença do cargo estaria descartada. De acordo com Alckmin, o presidente da Câmara "espera que a nação tenha ouvidos e boa vontade para escutar sua defesa, sem pré-julgamento".
Já o assessor jurídico da Câmara disse que existe uma campanha para derrubar o presidente da Casa, com base em um documento falso. "Há uma conspiração imensa contra o presidente da Câmara. Estão pegando os 42 anos de vida pública de um homem e jogando na lixeira, por uma questão política, quando se deveria prestar mais atenção em que é Buani", afirmou.
Vasconcelos também afirmou que Severino viu pela primeira vez o documento --suposta cópia do contrato do restaurante que teria sido assinada por Severino-- quando apareceu em um fac-símile publicado pela revista "Veja".
"E sexta-feira tive acesso ao documento na Polícia Federal. E afirmo que é falso", disse. Esse documento, segundo o assessor jurídico da Câmara, é o mesmo que Buani afirma ter recebido.
"Não é a assinatura do presidente Severino. Levei mais de 50 assinaturas para checar com aquela, é uma tentativa de imitação. A "Veja" é que criou essa história, em cima de um papel apócrifo, que foi vendido a ela por Izeílton".
Izeílton Carvalho é ex-gerente do restaurante Fiorella de Buani. Na semana passada, ele afirmou, em depoimento à PF, que Severino cobrou uma mesada de Buani --seu então patrão-- para prorrogar a concessão de uso do restaurante na Câmara. Buani também confirmou a história depois, em entrevista coletiva à imprensa.
Vasconcelos ainda disse que o ônus da prova está sendo invertido, uma vez que não existem provas. Buani afirmou em depoimento à PF ainda não ter provas de que teria pago propina a Severino, então primeiro-secretário da Câmara. Mas informou que, até a próxima terça-feira, espera que o banco Bradesco entregue cópia de um cheque que teria emitido em favor de Severino.
"O senhor Buani não apresentou esse cheque porque ele não existe", disse Vasconcelos.
Com Agência Brasil
Especial
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