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12/09/2005
-
18h59
LÚCIA BAKOS
da Folha Online
A direção-geral da Polícia Federal em Brasília comunicou nesta segunda-feira à Corregedoria Regional em São Paulo o pedido da abertura de duas sindicâncias para apurar supostas irregularidades e benefícios cometidos nas prisões do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e de seu filho Flávio Maluf, neste fim de semana.
A PF quer apurar se Maluf teve permissão para receber e fazer ligações telefônicas e recebe visitas de advogados e de um amigo. Outros presos da PF não podem receber amigos e parentes no final de semana. No caso de Flávio, a sindicância irá apurar se houve abuso em sua prisão.
De acordo com a assessoria da PF, a investigação também irá apurar como o jornalista da "TV Globo", César Tralli, não sendo policial, esteve presente durante toda a operação de prisão.
Ontem, o diretor-geral da PF, delegado Paulo Lacerda havia informado que as sindicâncias seriam instauradas.
A ordem de prisão de Maluf e Flávio foi decretada na noite de sexta-feira, após a juíza Sílvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal de São Paulo aceitar o pedido de prisão preventiva contra os dois. Eles são acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se condenados, a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.
Como os advogados dos Maluf negociaram para que eles se entregassem espontaneamente, o ex-prefeito chegou à sede da PF no início da madrugada de sábado.
Ele veio em um Santana preto, acompanhado por advogados e seguranças e se recusou a falar com os jornalistas presentes. Já Flávio havia prometido entregar-se às 7h de sábado, no heliponto do Morumbi (zona sul), mas foi abordado por policiais federais, por volta das 5h, quando estava em sua fazenda, em Dourado, interior paulista.
Semelhanças
Informações que chegaram à direção geral da PF dão conta de que o jornalista teria pego carona em um carro do comboio da PF, do heliponto do bairro Morumbi até a sede da Superintendência, no bairro da Lapa (zona oeste).
A vestimenta usada por Tralli, segundo a PF, também era "muito semelhante" a usada por agentes federais. O uso de algemas no momento da prisão do filho do ex-prefeito será outro fator apurado nessa sindicância, a pedido dos advogados de Maluf e Flávio.
A segunda investigação interna da PF irá apurar se os Maluf estariam tendo benefícios na prisão, como a utilização de aparelho telefônico, alimentação diferenciada e cela especial.
Segundo informou hoje a assessoria da PF de Brasília, o pedido formal da abertura das duas investigações internas ainda não foram encaminhados, mas a direção geral da PF já teria comunicado, por telefone, a solicitação ao delegado Antonio Pietro, da Corregedoria Regional da PF paulista, que ficará responsável pelos processos. Procurada, a assessoria da Superintendência da PF de São Paulo informou apenas que Pietro ainda não recebeu o pedido formal.
Conforme normas da PF, Pietro é quem deverá indicar outros três delegados, com mais tempo de trabalho na corporação que o investigado --no caso, o atual superintendente da PF de São Paulo, José Ivan Lobato-- para fazerem parte da comissão de sindicância que deverá apurar as supostas irregularidades e regalias.
A assessoria da PF de São Paulo também informou que o delegado Lobato está de licença, devendo retornar amanhã ou na próxima quarta-feira. Em seu lugar, está o delegado Rodney Loureiro.
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PF apura benefícios a Maluf e irregularidades na prisão de Flávio
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da Folha Online
A direção-geral da Polícia Federal em Brasília comunicou nesta segunda-feira à Corregedoria Regional em São Paulo o pedido da abertura de duas sindicâncias para apurar supostas irregularidades e benefícios cometidos nas prisões do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e de seu filho Flávio Maluf, neste fim de semana.
A PF quer apurar se Maluf teve permissão para receber e fazer ligações telefônicas e recebe visitas de advogados e de um amigo. Outros presos da PF não podem receber amigos e parentes no final de semana. No caso de Flávio, a sindicância irá apurar se houve abuso em sua prisão.
De acordo com a assessoria da PF, a investigação também irá apurar como o jornalista da "TV Globo", César Tralli, não sendo policial, esteve presente durante toda a operação de prisão.
Ontem, o diretor-geral da PF, delegado Paulo Lacerda havia informado que as sindicâncias seriam instauradas.
A ordem de prisão de Maluf e Flávio foi decretada na noite de sexta-feira, após a juíza Sílvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal de São Paulo aceitar o pedido de prisão preventiva contra os dois. Eles são acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se condenados, a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.
Como os advogados dos Maluf negociaram para que eles se entregassem espontaneamente, o ex-prefeito chegou à sede da PF no início da madrugada de sábado.
Ele veio em um Santana preto, acompanhado por advogados e seguranças e se recusou a falar com os jornalistas presentes. Já Flávio havia prometido entregar-se às 7h de sábado, no heliponto do Morumbi (zona sul), mas foi abordado por policiais federais, por volta das 5h, quando estava em sua fazenda, em Dourado, interior paulista.
Semelhanças
Informações que chegaram à direção geral da PF dão conta de que o jornalista teria pego carona em um carro do comboio da PF, do heliponto do bairro Morumbi até a sede da Superintendência, no bairro da Lapa (zona oeste).
A vestimenta usada por Tralli, segundo a PF, também era "muito semelhante" a usada por agentes federais. O uso de algemas no momento da prisão do filho do ex-prefeito será outro fator apurado nessa sindicância, a pedido dos advogados de Maluf e Flávio.
A segunda investigação interna da PF irá apurar se os Maluf estariam tendo benefícios na prisão, como a utilização de aparelho telefônico, alimentação diferenciada e cela especial.
Segundo informou hoje a assessoria da PF de Brasília, o pedido formal da abertura das duas investigações internas ainda não foram encaminhados, mas a direção geral da PF já teria comunicado, por telefone, a solicitação ao delegado Antonio Pietro, da Corregedoria Regional da PF paulista, que ficará responsável pelos processos. Procurada, a assessoria da Superintendência da PF de São Paulo informou apenas que Pietro ainda não recebeu o pedido formal.
Conforme normas da PF, Pietro é quem deverá indicar outros três delegados, com mais tempo de trabalho na corporação que o investigado --no caso, o atual superintendente da PF de São Paulo, José Ivan Lobato-- para fazerem parte da comissão de sindicância que deverá apurar as supostas irregularidades e regalias.
A assessoria da PF de São Paulo também informou que o delegado Lobato está de licença, devendo retornar amanhã ou na próxima quarta-feira. Em seu lugar, está o delegado Rodney Loureiro.
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