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12/09/2005 - 19h26

Deputado petista pede para ser ouvido no Conselho de Ética

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O deputado João Magno (PT-MG) apresentou requerimento à Mesa Diretora da Câmara pedindo para ser ouvido pelo Conselho de Ética antes de ser aberto processo por quebra de decoro parlamentar. Magno está na lista de parlamentares citado em relatório das CPIs dos Correios e do Mensalão.

Contra Magno pesa a acusação de que ele seria um dos beneficiários do esquema de caixa dois do PT. Nos documentos do Banco do Brasil recebidos pela CPI, consta pagamento da SMPB no valor de R$ 50 mil para um de seus assessores.

Nos documentos do Banco Rural, há quatro pagamentos da SMPB para o deputado e para pessoas próximas a ele. Um de seus assessores recebeu R$ 10 mil, um irmão do deputado obteve outros R$ 25,915 mil, e o deputado recebeu outros dois pagamentos que totalizam R$ 41 mil.

Em sua defesa, Magno disse que o dinheiro não contabilizado foi usado para pagar dívidas de sua campanha à Prefeitura de Ipatinga.

O requerimento foi entregue à Mesa pela assessoria do deputo, que não comentou a sua decisão. Magno indicou ainda, juntamente com o deputado Josias Gomes (PT-BA), que não pretende renunciar ao seu mandato.

"Não tenho razão para renunciar. Tenho como mostrar porque fui à agência do Banco Rural e que não tenho nada a ver com esta história do mensalão", afirmou Gomes, que foi ao Banco Rural de Brasília fazer dois saques de R$ 50 mil.

O parlamentar baiano também defende seu direito de ser ouvido primeiro antes que se abra o processo de cassação do seu mandato. Segundo Gomes, que era presidente do PT no Estado na época, o dinheiro foi usado para pagar contas de campanha de candidatos nas eleições de 2002.

"Até agora não fui ouvido pelas CPIs, nem pela Corregedoria. Quando tiver a oportunidade vou explicar que sou fundador do PT e não preciso receber dinheiro para votar com o governo", observou.
 

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