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12/09/2005
-
20h58
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
SERGIO TORRES
Enviado especial da Folha a Curitiba
A decisão de o PMDB lançar candidatura própria a presidente da República em 2006 foi reafirmada hoje por três governadores do partido, dois ex-governadores e o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Estiveram reunidos em Curitiba em torno de Lessa, que coordenou o projeto de governo encomendado pelo partido, os governadores Roberto Requião (PR), Rosinha Matheus (RJ) e Jarbas Vasconcelos (PE) e os ex-governadores Orestes Quércia (SP) e Anthony Garotinho (RJ). Todos integram ala peemedebista favorável a ter candidato próprio à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A convenção do partido foi favorável à candidatura própria, mas lideranças como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o ex-presidente da República e senador José Sarney (AP) têm atuado em defesa de uma aliança com o PT. Eles integram o que no PMDB é conhecido por grupo governista.
Lessa foi a Curitiba expor o projeto a peemedebistas convidados por Requião. Lessa disse que o candidato do PMDB, seja quem for, assumirá o programa de governo proposto. O documento será resultado de três meses de debate com integrantes do partido nos Estados, e é aberto a novas propostas. O esboço tem participação de outros cinco intelectuais convidados.
O texto propõe como primeira medida de governo, em caso de o PMDB vencer a eleição, a mudança da política econômica para um alternativa que provoque "queda brusca" dos juros bancários. Também condena a retirada de R$ 80 bilhões de programas sociais de governo do governo Lula para fazer superávit primário.
''Existe possibilidade de uma política econômica distinta à que está aí'', disse o ex-presidente do BNDES, para quem o Brasil está estagnado e a blindagem da economia na crise política ''não existe''.
Garotinho é um dos pré-candidatos do partido que afirma assumir o programa em elaboração. ''Eu não tenho programa de governo. O programa é o do PMDB'', disse Garotinho. No dia 21 ele se inscreve para disputar a indicação do partido a presidente da República.
Para o ex-governador do Rio, o presidente Lula teve oportunidade de fazer diferente, mas ''preferiu uma política conservadora, montada pela equipe de Malan [ex-ministro da Fazenda Pedro Malan] e do [ex-presidente] Fernando Henrique''. Segundo ele, ''Lula segue uma cartilha velha e surrada do neoliberalismo''. Ele disse não ver chance de uma aliança entre PT e PMDB para 2006. ''O PMDB não se interessa por uma aliança com o PT, a não ser que ele [PT] assuma esse programa, o que não vai acontecer'', afirmou.
Lulista desde a campanha eleitoral de 2002, mas um crítico permanente da política econômica do governo petista, o governador do Paraná se disse ''frustrado'' com o antigo aliado. ''O programa anunciado [pelo PT] não foi praticado e a proposta do PMDB procura resgatar a esperança por mudança''.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições de 2006
Governadores do PMDB assumem compromisso de candidatura
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da Agência Folha, em Curitiba
SERGIO TORRES
Enviado especial da Folha a Curitiba
A decisão de o PMDB lançar candidatura própria a presidente da República em 2006 foi reafirmada hoje por três governadores do partido, dois ex-governadores e o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Estiveram reunidos em Curitiba em torno de Lessa, que coordenou o projeto de governo encomendado pelo partido, os governadores Roberto Requião (PR), Rosinha Matheus (RJ) e Jarbas Vasconcelos (PE) e os ex-governadores Orestes Quércia (SP) e Anthony Garotinho (RJ). Todos integram ala peemedebista favorável a ter candidato próprio à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A convenção do partido foi favorável à candidatura própria, mas lideranças como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o ex-presidente da República e senador José Sarney (AP) têm atuado em defesa de uma aliança com o PT. Eles integram o que no PMDB é conhecido por grupo governista.
Lessa foi a Curitiba expor o projeto a peemedebistas convidados por Requião. Lessa disse que o candidato do PMDB, seja quem for, assumirá o programa de governo proposto. O documento será resultado de três meses de debate com integrantes do partido nos Estados, e é aberto a novas propostas. O esboço tem participação de outros cinco intelectuais convidados.
O texto propõe como primeira medida de governo, em caso de o PMDB vencer a eleição, a mudança da política econômica para um alternativa que provoque "queda brusca" dos juros bancários. Também condena a retirada de R$ 80 bilhões de programas sociais de governo do governo Lula para fazer superávit primário.
''Existe possibilidade de uma política econômica distinta à que está aí'', disse o ex-presidente do BNDES, para quem o Brasil está estagnado e a blindagem da economia na crise política ''não existe''.
Garotinho é um dos pré-candidatos do partido que afirma assumir o programa em elaboração. ''Eu não tenho programa de governo. O programa é o do PMDB'', disse Garotinho. No dia 21 ele se inscreve para disputar a indicação do partido a presidente da República.
Para o ex-governador do Rio, o presidente Lula teve oportunidade de fazer diferente, mas ''preferiu uma política conservadora, montada pela equipe de Malan [ex-ministro da Fazenda Pedro Malan] e do [ex-presidente] Fernando Henrique''. Segundo ele, ''Lula segue uma cartilha velha e surrada do neoliberalismo''. Ele disse não ver chance de uma aliança entre PT e PMDB para 2006. ''O PMDB não se interessa por uma aliança com o PT, a não ser que ele [PT] assuma esse programa, o que não vai acontecer'', afirmou.
Lulista desde a campanha eleitoral de 2002, mas um crítico permanente da política econômica do governo petista, o governador do Paraná se disse ''frustrado'' com o antigo aliado. ''O programa anunciado [pelo PT] não foi praticado e a proposta do PMDB procura resgatar a esperança por mudança''.
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