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14/09/2005 - 15h27

Dirceu não ofereceu dinheiro por apoio político, diz presidente do PP

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da Folha Online

O presidente do PP, o deputado Pedro Corrêa (PE), afirmou nesta quarta-feira que freqüentou muitas vezes a Casa Civil, em conversas com o então ministro e hoje deputado José Dirceu (PT-SP), mas que o petista nunca ofereceu dinheiro ao seu partido em troca de apoio político. Corrêa depõe na CPI do Mensalão, para quem abriu seus sigilos telefônico, bancário e fiscal.

Ele também afirmou que as denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) --que apontou parlamentares do PP como envolvidos no esquema do "mensalão"-- tiveram motivações políticas. Segundo Corrêa, houve uma disputa entre as duas legendas no início do ano para aumentar as bancadas e garantir presidências do maior número possível de comissões. "Acredito que a intenção de Roberto Jefferson era de atingir o partido", disse ele.

Dirceu

Ainda de acordo com o presidente do PP, o governo somente garantia ao seu partido a participação em cargos de indicação do presidente da República. Corrêa afirma que freqüentava a Casa Civil para discutir com Dirceu sobre a necessidade do governo obter a maioria no Congresso para a votação de projetos.

O deputado também foi questionado sobre o envolvimento do assessor da liderança de seu partido, João Cláudio Genu (que seria ouvido hoje pela CPI, mas teve seu depoimento adiado) no chamado "valerioduto" --o esquema montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para distribuir recursos a parlamentares.

À Polícia Federal, Marcos Valério entregou uma lista em que Genu surge como sacador de R$ 700 mil das contas bancárias de empresa do publicitário. Corrêa admitiu os saques do assessor em somente três ocasiões e que a ligação do assessor era mais estreita com o líder do PP na Câmara, o deputado José Janene (PR).

Sigilos

O presidente do PP entregou à CPI do Mensalão documentos referentes aos sigilos telefônicos de suas casas em Brasília, do Recife, do gabinete na Câmara, de um total de 17 celulares, da casa de sua mãe e de sua fazenda, ambas localizadas em Pernambuco.

Também abriu os dados de nove contas bancárias, de seis cartões de crédito, além da prestação das contas de sua campanha eleitoral de 1994, das contas da campanha de seu filho (que concorreu a deputado estadual em 1998) e das de seu genro, Roberto Teixeira (candidato a vereador em 2004).

O presidente do PP ainda entregou os dados relativos aos sigilos fiscais de empresas onde possui sociedade, de sua mulher, das filhas, do filho, dos dois genros, da nora, do irmão e da mãe, além das declarações do Imposto de Renda dos últimos cinco anos.

Corrêa, que entrou na CPI empurrando um carrinho de supermercado com documentos, também repassou à comissão certidões negativas da Serasa e do Banco Central, que comprovou o parlamentar não ter conta no exterior nem ter feito remessas para fora do País.

Com Agência Câmara

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