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15/09/2005
-
17h42
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, o ex-presidente nacional do PT José Genoino reafirmou que nunca teve conhecimento dos recursos tomados de forma irregular pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Genoino prestou depoimento como testemunha de defesa no processo movido pelo PTB contra o deputado José Dirceu (PT-SP) por quebra de decoro parlamentar. O ex-presidente disse que não queria fazer juízo de valor sobre "o companheiro Delúbio".
"Ele tinha autorização para fazer os empréstimos e a autonomia para escolher os bancos e os avalistas."
Genoino disse que nunca esteve no Banco Rural nem participou de reuniões com a direção da instituição. Com isso, ele entrou em contradição com as declarações da presidente do Banco, Kátia Rebelo, que em depoimento à CPI dos Correios afirmou ter participado de um encontro com Genoino, o empresário Marcos Valério de Souza e Delúbio.
O ex-dirigente petista se mostrou particularmente ofendido com as críticas feitas pelo relator do processo contra Dirceu, deputado Julio Delgado (PSB-MG), que classificou a administração petista de "samba do crioulo doido".
"Em primeiro lugar o PT não é samba do crioulo doido. O partido tem administração. É organizado", defendeu Genoino. Ele negou ainda que o PT tenha promovido o aparelhamento do Estado e garantiu que só cuidava das relações político-partidárias do partido, deixando a cargo de cada dirigente as funções administrativas.
"Nunca nas negociações feitas houve discussão sobre pagamento de recursos. Havia sim discussão sobre espaço no governo', declarou. Ele elogiou Dirceu e afirmou que conhece o ex-ministro da Casa Civil há 37 anos. Para Genoino, Dirceu é "um lutador de idéias".
Genoino disse que conheceu Valério de forma rápida, sempre em encontros ocasionais na sede do PT em São Paulo, ou em algum evento social. O ex-presidente petista não admitiu que houve erros partidários. "Se houve erros, cabe ao PT analisar e resolver."
Durante o depoimento, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não integra o Conselho, esteve por duas vezes no plenário onde ocorria a audiência. Ele olhou fixamente para o ex-dirigente petista e fez alguns comentários jocosos.
Ontem, Bolsonaro compareceu à sessão da CPI do Mensalão, onde Genoino prestou depoimento, levando o coronel Lício Augusto Maciel, responsável pela prisão do ex-presidente do PT na época do regime militar.
A presença do militar causou tumulto e revolta entre parlamentares da base aliada e da oposição.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Genoino defende PT e reafirma autonomia de Delúbio dentro do partido
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da Folha Online, em Brasília
Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, o ex-presidente nacional do PT José Genoino reafirmou que nunca teve conhecimento dos recursos tomados de forma irregular pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Genoino prestou depoimento como testemunha de defesa no processo movido pelo PTB contra o deputado José Dirceu (PT-SP) por quebra de decoro parlamentar. O ex-presidente disse que não queria fazer juízo de valor sobre "o companheiro Delúbio".
"Ele tinha autorização para fazer os empréstimos e a autonomia para escolher os bancos e os avalistas."
Genoino disse que nunca esteve no Banco Rural nem participou de reuniões com a direção da instituição. Com isso, ele entrou em contradição com as declarações da presidente do Banco, Kátia Rebelo, que em depoimento à CPI dos Correios afirmou ter participado de um encontro com Genoino, o empresário Marcos Valério de Souza e Delúbio.
O ex-dirigente petista se mostrou particularmente ofendido com as críticas feitas pelo relator do processo contra Dirceu, deputado Julio Delgado (PSB-MG), que classificou a administração petista de "samba do crioulo doido".
"Em primeiro lugar o PT não é samba do crioulo doido. O partido tem administração. É organizado", defendeu Genoino. Ele negou ainda que o PT tenha promovido o aparelhamento do Estado e garantiu que só cuidava das relações político-partidárias do partido, deixando a cargo de cada dirigente as funções administrativas.
"Nunca nas negociações feitas houve discussão sobre pagamento de recursos. Havia sim discussão sobre espaço no governo', declarou. Ele elogiou Dirceu e afirmou que conhece o ex-ministro da Casa Civil há 37 anos. Para Genoino, Dirceu é "um lutador de idéias".
Genoino disse que conheceu Valério de forma rápida, sempre em encontros ocasionais na sede do PT em São Paulo, ou em algum evento social. O ex-presidente petista não admitiu que houve erros partidários. "Se houve erros, cabe ao PT analisar e resolver."
Durante o depoimento, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não integra o Conselho, esteve por duas vezes no plenário onde ocorria a audiência. Ele olhou fixamente para o ex-dirigente petista e fez alguns comentários jocosos.
Ontem, Bolsonaro compareceu à sessão da CPI do Mensalão, onde Genoino prestou depoimento, levando o coronel Lício Augusto Maciel, responsável pela prisão do ex-presidente do PT na época do regime militar.
A presença do militar causou tumulto e revolta entre parlamentares da base aliada e da oposição.
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