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17/09/2005
-
09h10
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Brasília
Em depoimento à Polícia Federal, a irmã do advogado Rogério Buratti, Rosângela, e a ex-mulher dele, Elza Gonçalves, disseram que o ministro Antonio Palocci (Fazenda) esteve em três churrascos na casa de Buratti durante 2002 em Ribeirão Preto (SP).
Na época, segundo Elza, Palocci ainda era prefeito da cidade. Ele se afastou do cargo para coordenar a campanha do presidente Lula.
Buratti ocupava, em 2002, a vice-presidência do grupo Leão Leão, que atuava na construção civil e coleta de lixo, contratado pela prefeitura. No mês passado, em depoimento, Buratti disse que Palocci, prefeito em 2001 e 2002, recebia propina de R$ 50 mil da Leão Leão. O ministro nega.
Em 1993 e 1994, Buratti foi secretário de Governo, no primeiro mandato de Palocci na prefeitura.
O delegado Luis Fernando Ayres Machado e técnicos da CPI ouviram em Ribeirão Preto, além de Elza e Rosângela, a viúva de Ralf Barquete dos Santos (morto por câncer em 2004), Elisa Sueli Ribas Santos. Amigo de Buratti, Barquete era secretário municipal de Fazenda em 2001 a 2003. À CPI, Buratti disse que Barquete pegava os R$ 50 mil e repassava ao PT. Elisa disse que Buratti e Barquete não eram íntimos e confirmou um almoço do ex-marido na casa de Buratti, com presença do então prefeito, em 2002.
A quebra do sigilo telefônico de Buratti relativa a 2002, em poder da CPI dos Bingos, aponta quatro ligações do advogado para celulares do então prefeito. Há ainda outras dez para Barquete, na época secretário de Fazenda.
A assessoria do Ministério da Fazenda não respondeu ontem se o ministro confirma os churrascos e os telefonemas e não informou se Palocci avalia como normal as relações com Buratti, então vice-presidente da Leão Leão.
Irmã e ex de Buratti relatam que Palocci compareceu a churrascos
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da Agência Folha, em Brasília
Em depoimento à Polícia Federal, a irmã do advogado Rogério Buratti, Rosângela, e a ex-mulher dele, Elza Gonçalves, disseram que o ministro Antonio Palocci (Fazenda) esteve em três churrascos na casa de Buratti durante 2002 em Ribeirão Preto (SP).
Na época, segundo Elza, Palocci ainda era prefeito da cidade. Ele se afastou do cargo para coordenar a campanha do presidente Lula.
Buratti ocupava, em 2002, a vice-presidência do grupo Leão Leão, que atuava na construção civil e coleta de lixo, contratado pela prefeitura. No mês passado, em depoimento, Buratti disse que Palocci, prefeito em 2001 e 2002, recebia propina de R$ 50 mil da Leão Leão. O ministro nega.
Em 1993 e 1994, Buratti foi secretário de Governo, no primeiro mandato de Palocci na prefeitura.
O delegado Luis Fernando Ayres Machado e técnicos da CPI ouviram em Ribeirão Preto, além de Elza e Rosângela, a viúva de Ralf Barquete dos Santos (morto por câncer em 2004), Elisa Sueli Ribas Santos. Amigo de Buratti, Barquete era secretário municipal de Fazenda em 2001 a 2003. À CPI, Buratti disse que Barquete pegava os R$ 50 mil e repassava ao PT. Elisa disse que Buratti e Barquete não eram íntimos e confirmou um almoço do ex-marido na casa de Buratti, com presença do então prefeito, em 2002.
A quebra do sigilo telefônico de Buratti relativa a 2002, em poder da CPI dos Bingos, aponta quatro ligações do advogado para celulares do então prefeito. Há ainda outras dez para Barquete, na época secretário de Fazenda.
A assessoria do Ministério da Fazenda não respondeu ontem se o ministro confirma os churrascos e os telefonemas e não informou se Palocci avalia como normal as relações com Buratti, então vice-presidente da Leão Leão.
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