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19/09/2005
-
17h29
LÚCIA BAKOS
da Folha Online
O MPF (Ministério Público Federal) deve aguardar os interrogatórios do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e de seu filho Flávio à Justiça Federal nesta quarta-feira, para definir os próximos passos da investigação sobre as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, nas quais Flávio aparece tentando induzir o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi --que teria operado para a família no exterior-- a não revelar detalhes da operação à polícia.
A expectativa, segundo o Ministério Público, é que o procurador Rodrigo de Grandis fale sobre o caso na próxima quinta-feira, logo após os interrogatórios de Birigüi e do ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira --acusado de pagar propina para obter benefícios para a empresa--, na Justiça Federal, que devem ocorrer a partir das 15h30.
Maluf e Flávio estão detidos na sede da Superintendência da PF paulista desde o último dia 10. As prisões preventivas têm prazo indeterminado e foram aceitas pela juíza da 2ª Vara Criminal de São Paulo, Silvia Maria Rocha, no dia 09. Ela entendeu que os dois, em liberdade, poderiam atrapalhar o andamento do processo --que corre em segredo de Justiça--, além de ocultar provas e coagir testemunhas.
Silvia Maria aceitou também as denúncias do Ministério Público contra Maluf e Flávio, o doleiro Birigüi e Oliveira, da construtora Mendes Júnior.
A empresa foi a responsável pela construção da avenida Água Espraiada --atual Jornalista Roberto Marinho--, que custou aos cofres públicos cerca de US$ 600 milhões. O MPF acredita que a obra foi o meio para o dinheiro ter sido encaminhado às contas no exterior. Desde as primeiras denúncias, a Mendes Júnior nega a participação no esquema de desvio de dinheiro na prefeitura de São Paulo.
Embora não tenha revelado os nomes das instituições financeiras, o MPF também reiterou nesta segunda-feira existir "fortes indícios" da participação de dois bancos no envio de remessas de dinheiro ao exterior, que teriam sido promovidas a pedido de Maluf.
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O MPF (Ministério Público Federal) deve aguardar os interrogatórios do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e de seu filho Flávio à Justiça Federal nesta quarta-feira, para definir os próximos passos da investigação sobre as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, nas quais Flávio aparece tentando induzir o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi --que teria operado para a família no exterior-- a não revelar detalhes da operação à polícia.
A expectativa, segundo o Ministério Público, é que o procurador Rodrigo de Grandis fale sobre o caso na próxima quinta-feira, logo após os interrogatórios de Birigüi e do ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira --acusado de pagar propina para obter benefícios para a empresa--, na Justiça Federal, que devem ocorrer a partir das 15h30.
Maluf e Flávio estão detidos na sede da Superintendência da PF paulista desde o último dia 10. As prisões preventivas têm prazo indeterminado e foram aceitas pela juíza da 2ª Vara Criminal de São Paulo, Silvia Maria Rocha, no dia 09. Ela entendeu que os dois, em liberdade, poderiam atrapalhar o andamento do processo --que corre em segredo de Justiça--, além de ocultar provas e coagir testemunhas.
Silvia Maria aceitou também as denúncias do Ministério Público contra Maluf e Flávio, o doleiro Birigüi e Oliveira, da construtora Mendes Júnior.
A empresa foi a responsável pela construção da avenida Água Espraiada --atual Jornalista Roberto Marinho--, que custou aos cofres públicos cerca de US$ 600 milhões. O MPF acredita que a obra foi o meio para o dinheiro ter sido encaminhado às contas no exterior. Desde as primeiras denúncias, a Mendes Júnior nega a participação no esquema de desvio de dinheiro na prefeitura de São Paulo.
Embora não tenha revelado os nomes das instituições financeiras, o MPF também reiterou nesta segunda-feira existir "fortes indícios" da participação de dois bancos no envio de remessas de dinheiro ao exterior, que teriam sido promovidas a pedido de Maluf.
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