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24/04/2010 - 12h32

Brigada apaga incêndio em área invadida da Veracel na BA

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MATHEUS MAGENTA
da Agência Folha, em Salvador

A brigada de combate a incêndio da produtora de celulose Veracel conseguiu apagar ontem à noite (23) uma série de queimadas em uma área da empresa invadida por um grupo de 40 famílias de trabalhadores rurais sem-terra desde novembro, na região de Eunápolis (BA).

A empresa atribuiu os incêndios a uma retaliação do grupo de sem-terra ao anúncio do cumprimento de um pedido de reintegração de posse concedido pela Justiça. A Polícia Militar da Bahia informou que a operação deve ser realizada na próxima segunda-feira (26), por volta das 5h.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o grupo.

Segundo a PM, a brigada da Veracel só conseguiu entrar na área para controlar o fogo após uma longa negociação intermediada pelos policiais, iniciada na tarde de ontem. Não há estimativa sobre a área atingida pelo fogo.

A área, conhecida como fazenda Ouro Verde, tem 511 hectares, sendo 378 deles de área plantada de eucaliptos.

A Veracel teve outra plantação de eucaliptos invadida nesta semana, na mesma região. A invasão comandada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a terceira em menos de um ano, faz parte da onda de protestos chamada "Abril Vermelho", promovida pelo movimento em 20 Estados.

A ação realizada na terça (20) teve a participação de ao menos 400 famílias de trabalhadores rurais sem-terra, número que deve subir para 600 até amanhã. Segundo a Veracel, foram destruídos 5 dos 4.700 hectares --um prejuízo estimado em cerca de R$ 100 mil.

A coordenação do MST no sul da Bahia afirmou à Folha que a invasão tem o objetivo de pressionar os governos federal e estadual a acelerarem os processos de assentamento de terra na região.

A empresa pediu a restauração da ordem do pedido de reintegração de posse usado nas outras duas invasões, mas a Justiça ainda não decidiu sobre o assunto.

O balanço mais recente sobre o "Abril Vermelho", divulgado anteontem pelo MST, registrou invasões a 72 "latifúndios" em dez Estados, na maioria áreas consideradas "improdutivas em vistorias do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]".

 

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