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22/09/2005
-
10h13
da Folha Online
O doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, e o ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira devem ser interrogados, a portas fechadas, às 15h30 desta quinta-feira pela Justiça Federal, sobre as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, nas quais Flávio Maluf, filho do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, apareceria tentando induzir Birigüi a não revelar detalhes da operação à polícia. Maluf e Flávio foram interrogados ontem pela Justiça Federal.
No processo que corre em segredo de Justiça, Birigui é acusado de ter operado para a família Maluf no envio ilegal de remessas de dinheiro ao exterior, e Oliveira de pagar propina para obter benefícios para a empresa.
No último dia 09, a juíza da 2ª Vara Criminal de São Paulo, Silvia Maria Rocha, aceitou as denúncias do Ministério Público contra o ex-prefeito, seu filho, o doleiro e o ex-diretor da construtora.
A partir de então, os quatro passaram a ser réus de crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Entretanto, para o doleiro, a Procuradoria pediu a delação premiada (redução da pena), porque ele ajudou a investigação (forneceu nomes, números e valores de contas). As informações de Birigüi foram confirmadas, com precisão de centavos, pelo banco Safra.
Denúncias
Birigui disse ter movimentado pelo menos US$ 161 milhões por meio da conta Chanani, do Safra National Bank de Nova York (EUA). Ele afirmou que todo o dinheiro era de Maluf e de seu filho.
Já Oliveira declarou que o dinheiro que abasteceu contas dos Maluf no exterior foi desviado de obras públicas durante a gestão dele na Prefeitura de São Paulo (1993-1996).
A Mendes Júnior foi a responsável pela construção da avenida Água Espraiada --atual Jornalista Roberto Marinho--, que custou aos cofres públicos cerca de US$ 600 milhões. O Ministério Público acredita que a obra foi o meio para o dinheiro ter sido encaminhado às contas no exterior.
Desde as primeiras denúncias, a construtora nega a participação no esquema de desvio de dinheiro na prefeitura de São Paulo.
Ministério Público
O MPF (Ministério Público Federal) informou nesta segunda-feira que aguarda os interrogatórios de Birigüi e de Oliveira, para definir os próximos passos da investigação.
A expectativa é que o procurador Rodrigo de Grandis fale sobre o caso ainda hoje.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Birigüi
Leia o que já foi publicado sobre Simeão Damasceno de Oliveira
Doleiro e ex-diretor de construtora serão interrogados pela Justiça Federal
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O doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, e o ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira devem ser interrogados, a portas fechadas, às 15h30 desta quinta-feira pela Justiça Federal, sobre as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, nas quais Flávio Maluf, filho do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, apareceria tentando induzir Birigüi a não revelar detalhes da operação à polícia. Maluf e Flávio foram interrogados ontem pela Justiça Federal.
No processo que corre em segredo de Justiça, Birigui é acusado de ter operado para a família Maluf no envio ilegal de remessas de dinheiro ao exterior, e Oliveira de pagar propina para obter benefícios para a empresa.
No último dia 09, a juíza da 2ª Vara Criminal de São Paulo, Silvia Maria Rocha, aceitou as denúncias do Ministério Público contra o ex-prefeito, seu filho, o doleiro e o ex-diretor da construtora.
A partir de então, os quatro passaram a ser réus de crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Entretanto, para o doleiro, a Procuradoria pediu a delação premiada (redução da pena), porque ele ajudou a investigação (forneceu nomes, números e valores de contas). As informações de Birigüi foram confirmadas, com precisão de centavos, pelo banco Safra.
Denúncias
Birigui disse ter movimentado pelo menos US$ 161 milhões por meio da conta Chanani, do Safra National Bank de Nova York (EUA). Ele afirmou que todo o dinheiro era de Maluf e de seu filho.
Já Oliveira declarou que o dinheiro que abasteceu contas dos Maluf no exterior foi desviado de obras públicas durante a gestão dele na Prefeitura de São Paulo (1993-1996).
A Mendes Júnior foi a responsável pela construção da avenida Água Espraiada --atual Jornalista Roberto Marinho--, que custou aos cofres públicos cerca de US$ 600 milhões. O Ministério Público acredita que a obra foi o meio para o dinheiro ter sido encaminhado às contas no exterior.
Desde as primeiras denúncias, a construtora nega a participação no esquema de desvio de dinheiro na prefeitura de São Paulo.
Ministério Público
O MPF (Ministério Público Federal) informou nesta segunda-feira que aguarda os interrogatórios de Birigüi e de Oliveira, para definir os próximos passos da investigação.
A expectativa é que o procurador Rodrigo de Grandis fale sobre o caso ainda hoje.
Especial
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