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21/09/2005 - 13h44

Partidos lançam mais nomes para sucessão de Severino

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), ainda não confirmou a renúncia, mas a disputa para ocupar o cargo cresce a cada dia na Casa. Praticamente todos os partidos com representação na Câmara têm um candidato para substituir Severino. A renuncia deverá ocorrer na tarde de hoje. A eleição do novo presidente deve ser na próxima quarta-feira.

Ontem, a bancada petista tirou quatro nomes para negociar com os partidos da base aliada e enfrentar a disputa. O PT argumenta que deve valer o princípio de proporcionalidade da maior bancada na Câmara. Segundo o líder Henrique Fontana (PT-RS), estão na mesa de negociações os nomes de Arlindo Chinaglia (PT-SP), José Eduardo Cardozo (PT-SP), Paulo Delgado (PT-MG) e Sigmaringa Seixas (PT-DF).

"Este é um sinal de abertura para o diálogo, de que não apostamos em uma visão intransigente de fechar em um nome e submetê-lo à aceitação pura e simples da base aliada", avaliou Fontana.

Oposição

Na realidade, o PT está preocupado com a articulação que os partidos da oposição estão fazendo para indicar um nome dos seus quadros. O candidato mais forte da oposição é o atual primeiro vice-presidente da Câmara, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL).

Aguerrido opositor do PT, Nonô sofreu a resistência dos governistas para a sua eleição à Mesa. Ele derrotou o candidato apoiado na época pelo governo, que era o deputado César Bandeira (PFL-MA), integrante do grupo político do senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de primeira linha do governo.

Para a próxima eleição, Nonô disputa espaço com outro candidato da oposição, o tucano Jutahy Magalhães (BA). Nos bastidores, a informação é de que a candidatura do ex-líder do PSDB na Câmara é pro forma, já que a bancada do seu partido deverá apoiar mesmo a candidatura de Nonô. O atual líder tucano, deputado Alberto Goldman (SP), nega a versão e diz que é a candidatura de Jutahy "é pra valer".

"Em um primeiro momento, cada partido terá seu candidato. Porém, em virtude da sintonia entre as duas legendas, que somam 110 parlamentares, não está descartada uma candidatura convergente", avaliou Goldman sobre a possibilidade de apoio do PSDB à candidatura de Nonô.

"O futuro presidente não precisa ser obrigatoriamente um nome da oposição, mas acreditamos que os nossos candidatos têm toda a capacidade de se despir da condição de oposição para dirigir a Casa", acrescentou Goldman.

Enquanto PFL, PSDB e PT acirram a disputa pela presidência, cresce a cada dia dentro da Câmara a candidatura do ex-presidente da Casa e atual presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

Apesar de integrar um partido da base aliada, Temer faz parte do grupo do PMDB que é oposição ao governo Lula e que defende a entrega dos cargos e o rompimento do partido com o governo. Este é um dos fatores que preocupa os partidos da base para o apoio ao seu nome. Mesmo assim, ele conta com o apoio de parte do PFL, do PPS, do PP, do PL e do PTB.

No PP, um nome que tem aparecido para substituir Severino é o do corregedor, deputado Ciro Nogueira (PI). Afilhado político e amigo de Severino, Ciro já se mostrou disposto a assumir uma candidatura caso seja indicado. Outro integrante da Mesa que demonstrou interesse em assumir a presidência é o deputado João Caldas (PL-AL), que atualmente ocupa a quarta secretaria da Câmara.

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