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29/09/2000
-
03h52
EDMILSON ZANETTI, da Agência Folha, em São José do Rio Preto
A Justiça de Teodoro Sampaio abriu processo contra o dirigente José Rainha Júnior e mais dez integrantes do MST por formação de quadrilha ou bando armado, por causa de ações realizadas no Pontal do Paranapanema (SP).
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público. O juiz Atis de
Oliveira Araújo marcou interrogatório para 10 de novembro.
São atingidos no processo Rainha, sua mulher, Diolinda Alves de Souza, grávida de três meses, seu irmão Roberto Rainha e os dirigentes e militantes Cledson Mendes, Valmir Chaves, Sérgio Pantaleão, Márcio
Barreto, Manoel Duda, Zelitro Luiz, Eduardo Gomes e Felinto Procópio.
Cinco dos denunciados, incluindo Rainha, já foram condenados a dois anos de prisão pelo mesmo crime em 1998.
O Tribunal de Justiça confirmou a sentença em dezembro de 1999. Na época foram condenados oito dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A defesa entrou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça. O caso não tem julgamento definitivo.
Como são primários, todos cumprem a pena em liberdade. Além de Rainha,
foram condenados Diolinda, Barreto, Luz e Procópio.
O Ministério Público caracterizou a denúncia como bando armado porque considera armas instrumentos como enxadas, foices e facões, utilizados nas ações. A pena, neste caso, dobra. Pode chegar a seis anos de reclusão.
A denúncia não incluiu pedido de prisão. No processo anterior, que resultou nas condenações, foram decretadas prisões três vezes. Cinco foram presos entre 1995 e 1996. Diolinda foi presa duas vezes. Rainha ficou foragido quando teve prisão decretada.
Outro lado
Rainha voltou a acusar o Judiciário e o Ministério Público de "parcialidade".
Segundo ele, os promotores que o denunciam não fizeram o mesmo com seguranças que atiraram em sem-terra.
O dirigente ironizou a caracterização de "bando armado".
"O dicionário que eles lêem não é o nosso. Enxada e foice aqui são armas. Carabina, fuzil AR-15 e metralhadora encontradas nas fazendas Santa Irene e Santa Rita são brinquedos".
Rainha afirmou que o processo não inibe as ações do MST. "Eles que decretem prisão. Não vão calar nossa boca".
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Juiz processa Rainha por formação de "bando armado"
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A Justiça de Teodoro Sampaio abriu processo contra o dirigente José Rainha Júnior e mais dez integrantes do MST por formação de quadrilha ou bando armado, por causa de ações realizadas no Pontal do Paranapanema (SP).
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público. O juiz Atis de
Oliveira Araújo marcou interrogatório para 10 de novembro.
São atingidos no processo Rainha, sua mulher, Diolinda Alves de Souza, grávida de três meses, seu irmão Roberto Rainha e os dirigentes e militantes Cledson Mendes, Valmir Chaves, Sérgio Pantaleão, Márcio
Barreto, Manoel Duda, Zelitro Luiz, Eduardo Gomes e Felinto Procópio.
Cinco dos denunciados, incluindo Rainha, já foram condenados a dois anos de prisão pelo mesmo crime em 1998.
O Tribunal de Justiça confirmou a sentença em dezembro de 1999. Na época foram condenados oito dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A defesa entrou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça. O caso não tem julgamento definitivo.
Como são primários, todos cumprem a pena em liberdade. Além de Rainha,
foram condenados Diolinda, Barreto, Luz e Procópio.
O Ministério Público caracterizou a denúncia como bando armado porque considera armas instrumentos como enxadas, foices e facões, utilizados nas ações. A pena, neste caso, dobra. Pode chegar a seis anos de reclusão.
A denúncia não incluiu pedido de prisão. No processo anterior, que resultou nas condenações, foram decretadas prisões três vezes. Cinco foram presos entre 1995 e 1996. Diolinda foi presa duas vezes. Rainha ficou foragido quando teve prisão decretada.
Outro lado
Rainha voltou a acusar o Judiciário e o Ministério Público de "parcialidade".
Segundo ele, os promotores que o denunciam não fizeram o mesmo com seguranças que atiraram em sem-terra.
O dirigente ironizou a caracterização de "bando armado".
"O dicionário que eles lêem não é o nosso. Enxada e foice aqui são armas. Carabina, fuzil AR-15 e metralhadora encontradas nas fazendas Santa Irene e Santa Rita são brinquedos".
Rainha afirmou que o processo não inibe as ações do MST. "Eles que decretem prisão. Não vão calar nossa boca".
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