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23/09/2005
-
09h34
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo
O governador Aécio Neves (PSDB-MG) diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "comete um erro político atrás do outro" e que "caminha novamente para uma derrota" na eleição para a presidência da Câmara.
Em entrevista à Folha, Aécio afirmou que o presidente Lula "perdeu boa oportunidade de sinalizar com um acordo no Parlamento" e "apaziguar os ânimos" entre governo e oposição em meio à crise política.
Um dos poucos tucanos que dialogam bem com Lula, Aécio avalia que o presidente "não está morto eleitoralmente", apesar da perda de popularidade decorrente da crise política. Acha que ele pode se recuperar e eventualmente se reeleger. "As pesquisas mostram hoje que Lula nunca esteve tão perto de perder [a reeleição], mas as coisas mudam rapidamente no Brasil", disse.
Pesquisas recentes mostraram que a reeleição do presidente ficou difícil após a crise política e que o tucano José Serra, prefeito de São Paulo, é hoje o político com mais chance de bater Lula.
Ex-presidente da Câmara dos Deputados (2001-2002), Aécio avalia que a fracassada candidatura do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (SP), para representar o PT foi um exemplo de erro político do presidente. A troca de Chinaglia por Aldo Rebelo, do PC do B de São Paulo, também é vista por Aécio como "muito difícil" de vingar na eleição na Câmara.
"O governo perdeu uma boa oportunidade de sinalizar para o Parlamento, de propor uma agenda comum. Preferiu entrar mais uma vez numa disputa imprevisível, repetindo o erro que cometeu em fevereiro." No início do ano, o PT teve dois candidatos (um oficial e outro dissidente) e acabou sendo derrotado por Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou anteontem ao mandato.
Aécio afirma que a fracassada tentativa de emplacar Chinaglia revelou uma desarticulação do governo numa hora em que deveria ser mostrar "competente".
Ao optar pelo enfrentamento com a oposição, diz Aécio, o governo fortalece a candidatura do pefelista José Thomaz Nonô (AL), vice-presidente da Câmara que está no comando da Casa desde a renúncia de Severino. "O governo uniu as oposições e outros setores da Câmara quando decidiu que não tentaria uma negociação. Isso ajuda o Nonô, que conhece bem a Casa e muitos parlamentares", declarou o governador.
Nos bastidores, Aécio demonstra simpatia pelo candidatura do peemedebista Michel Temer (SP). No entanto, o governador diz que seu partido fechou com Nonô e que ele seguirá esse caminho.
"O PSDB assumiu um compromisso com o Nonô. A não ser que haja mudança no quadro de forte disputa que se prenuncia, não vejo razão para o partido mudar de comportamento", disse.
Tasso e PSDB
Aécio revela estar quase tomada uma decisão sobre o comando do PSDB. "Foi confirmada a convenção em novembro e já há um forte consenso em torno da eleição de Tasso Jereissati [CE] para presidir o PSDB", disse Aécio.
Sobre o candidato tucano a presidente da República, ele desconversa: "Só vamos decidir em 2006". Serra é hoje o presidenciável mais forte do PSDB. O governador Geraldo Alckmin (SP) está numa espécie de segundo lugar. Mas Aécio também é cotado.
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"Lula comete um erro atrás do outro", diz Aécio
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da Folha de S.Paulo
O governador Aécio Neves (PSDB-MG) diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "comete um erro político atrás do outro" e que "caminha novamente para uma derrota" na eleição para a presidência da Câmara.
Em entrevista à Folha, Aécio afirmou que o presidente Lula "perdeu boa oportunidade de sinalizar com um acordo no Parlamento" e "apaziguar os ânimos" entre governo e oposição em meio à crise política.
Um dos poucos tucanos que dialogam bem com Lula, Aécio avalia que o presidente "não está morto eleitoralmente", apesar da perda de popularidade decorrente da crise política. Acha que ele pode se recuperar e eventualmente se reeleger. "As pesquisas mostram hoje que Lula nunca esteve tão perto de perder [a reeleição], mas as coisas mudam rapidamente no Brasil", disse.
Pesquisas recentes mostraram que a reeleição do presidente ficou difícil após a crise política e que o tucano José Serra, prefeito de São Paulo, é hoje o político com mais chance de bater Lula.
Ex-presidente da Câmara dos Deputados (2001-2002), Aécio avalia que a fracassada candidatura do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (SP), para representar o PT foi um exemplo de erro político do presidente. A troca de Chinaglia por Aldo Rebelo, do PC do B de São Paulo, também é vista por Aécio como "muito difícil" de vingar na eleição na Câmara.
"O governo perdeu uma boa oportunidade de sinalizar para o Parlamento, de propor uma agenda comum. Preferiu entrar mais uma vez numa disputa imprevisível, repetindo o erro que cometeu em fevereiro." No início do ano, o PT teve dois candidatos (um oficial e outro dissidente) e acabou sendo derrotado por Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou anteontem ao mandato.
Aécio afirma que a fracassada tentativa de emplacar Chinaglia revelou uma desarticulação do governo numa hora em que deveria ser mostrar "competente".
Ao optar pelo enfrentamento com a oposição, diz Aécio, o governo fortalece a candidatura do pefelista José Thomaz Nonô (AL), vice-presidente da Câmara que está no comando da Casa desde a renúncia de Severino. "O governo uniu as oposições e outros setores da Câmara quando decidiu que não tentaria uma negociação. Isso ajuda o Nonô, que conhece bem a Casa e muitos parlamentares", declarou o governador.
Nos bastidores, Aécio demonstra simpatia pelo candidatura do peemedebista Michel Temer (SP). No entanto, o governador diz que seu partido fechou com Nonô e que ele seguirá esse caminho.
"O PSDB assumiu um compromisso com o Nonô. A não ser que haja mudança no quadro de forte disputa que se prenuncia, não vejo razão para o partido mudar de comportamento", disse.
Tasso e PSDB
Aécio revela estar quase tomada uma decisão sobre o comando do PSDB. "Foi confirmada a convenção em novembro e já há um forte consenso em torno da eleição de Tasso Jereissati [CE] para presidir o PSDB", disse Aécio.
Sobre o candidato tucano a presidente da República, ele desconversa: "Só vamos decidir em 2006". Serra é hoje o presidenciável mais forte do PSDB. O governador Geraldo Alckmin (SP) está numa espécie de segundo lugar. Mas Aécio também é cotado.
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