Publicidade
Publicidade
29/09/2000
-
04h08
da Folha de S.Paulo
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Velloso, rebateu ontem as críticas feitas pelo presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e pelo ministro Waldeck Ornélas (Previdência) a duas decisões tomadas nos últimos dias pelo tribunal.
Antonio Carlos Magalhães criticou a concessão de liminar suspendendo os efeitos da lei, promulgada neste ano, que anistiou as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral a eleitores e candidatos nas eleições de 1996 a 1998.
Já Ornélas reclamou da concessão, pelo Supremo Tribunal Federal, de regime semi-aberto a Jorgina de Freitas, que foi condenada a 14 anos de reclusão por fraudes contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Velloso disse que o Supremo decidiu ""tecnicamente" no caso da lei que anistiou as multas eleitorais. ""O STF realizou seu compromisso com a Constituição e não quis desmoralizar ninguém", afirmou o ministro.
Evitando polemizar com o presidente do Congresso, o ministro do STF disse que a decisão do tribunal não significou uma crítica aos parlamentares. ""Respeitamos muito a Câmara e o Senado. Os nossos representantes no Congresso são muito respeitados por nós", afirmou Velloso.
Liminar
A decisão do STF foi por meio de concessão de liminar. O mérito ainda será julgado. Enquanto isso não ocorrer, cabe embargo declaratório ao STF, mecanismo que contesta a decisão, mas não tem poder para anular a liminar.
Aprovada pelo Congresso Nacional, o projeto que anistiou 69 deputados, 12 senadores e 9 governadores sofreu veto do presidente Fernando Henrique Cardoso em 21 de dezembro passado, mas o Congresso derrubou o veto, em votação secreta. Como FHC se negou a sancionar a lei, ela acabou sendo promulgada pelo próprio presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, em 13 de agosto deste ano.
No caso da concessão de regime semi-aberto a Jorgina, Velloso afirmou que o STF apenas cumpriu a Lei de Execuções Penais que dá esse direito a qualquer preso que tenha cumprido pelo menos um sexto da pena, tenha bom comportamento e passe por um exame psicológico.
O presidente do Supremo disse que, em sua opinião pessoal, a ""lei é liberal", mas ela tem de ser cumprida.
"Com a palavra, o Congresso", afirmou o presidente do STF, afirmando que cabe aos parlamentares a aprovação das leis.
Leia mais no especial Eleições Online.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
STF rebate críticas a decisões do tribunal
Publicidade
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Velloso, rebateu ontem as críticas feitas pelo presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e pelo ministro Waldeck Ornélas (Previdência) a duas decisões tomadas nos últimos dias pelo tribunal.
Antonio Carlos Magalhães criticou a concessão de liminar suspendendo os efeitos da lei, promulgada neste ano, que anistiou as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral a eleitores e candidatos nas eleições de 1996 a 1998.
Já Ornélas reclamou da concessão, pelo Supremo Tribunal Federal, de regime semi-aberto a Jorgina de Freitas, que foi condenada a 14 anos de reclusão por fraudes contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Velloso disse que o Supremo decidiu ""tecnicamente" no caso da lei que anistiou as multas eleitorais. ""O STF realizou seu compromisso com a Constituição e não quis desmoralizar ninguém", afirmou o ministro.
Evitando polemizar com o presidente do Congresso, o ministro do STF disse que a decisão do tribunal não significou uma crítica aos parlamentares. ""Respeitamos muito a Câmara e o Senado. Os nossos representantes no Congresso são muito respeitados por nós", afirmou Velloso.
Liminar
A decisão do STF foi por meio de concessão de liminar. O mérito ainda será julgado. Enquanto isso não ocorrer, cabe embargo declaratório ao STF, mecanismo que contesta a decisão, mas não tem poder para anular a liminar.
Aprovada pelo Congresso Nacional, o projeto que anistiou 69 deputados, 12 senadores e 9 governadores sofreu veto do presidente Fernando Henrique Cardoso em 21 de dezembro passado, mas o Congresso derrubou o veto, em votação secreta. Como FHC se negou a sancionar a lei, ela acabou sendo promulgada pelo próprio presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, em 13 de agosto deste ano.
No caso da concessão de regime semi-aberto a Jorgina, Velloso afirmou que o STF apenas cumpriu a Lei de Execuções Penais que dá esse direito a qualquer preso que tenha cumprido pelo menos um sexto da pena, tenha bom comportamento e passe por um exame psicológico.
O presidente do Supremo disse que, em sua opinião pessoal, a ""lei é liberal", mas ela tem de ser cumprida.
"Com a palavra, o Congresso", afirmou o presidente do STF, afirmando que cabe aos parlamentares a aprovação das leis.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice