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28/09/2005 - 19h08

Senador Marcelo Crivella deixa o PL

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da Folha Online

O senador Marcelo Crivella (RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, anunciou nesta quarta-feira que deixou de fazer parte dos quadros do PL. Com prazo de menos de 48 horas para filiar-se a outro partido --a legislação eleitoral determina que qualquer mudança de partido só poderá ocorrer até o próximo dia 30--, o ex-líder do PL no Senado ainda não anunciou oficialmente a sua nova opção partidária, mas a expectativa é que ele irá para o PMR (Partido Municipalista Renovador), fundado pelo também bispo Edir Macedo.

De acordo com a assessoria do senador, Crivella já teria cogitado a sua saída do PL há 15 dias. Além disso, a saída do vice-presidente da República José Alencar também teria o motivado a deixar o partido cujo presidente, Valdemar Costa Neto, renunciou ao mandato de deputado federal após ter seu nome envolvido no escândalo do "mensalão".

Por outro lado, rumores em Brasília dão conta de que Crivella teria deixado o PL por ter tido duas significativas perdas recentemente: não conseguiu o controle do PL no Rio de Janeiro e perdeu pelo quorum de 40 a 1 a proposta de fusão do PL com o PP e o PTB. Os autores da proposta apresentada durante reunião do partido teriam sido Crivella e Alencar.

Doações de fiéis

O nome de Crivella teve uma maior repercussão a partir de meados de julho, quando a polícia apreendeu o deputado João Batista Ramos da Silva (PFL-SP), com sete malas cheias de dinheiro. Na ocasião, o senador divulgou uma nota afirmando que o dinheiro apreendido teria vindo de doações de fiéis.

"É dinheiro de doação, não tem nada a ver com dinheiro transportado em cueca, não tem nada a ver com corrupção", afirmou. Segundo Crivella, o dízimo teria sido recolhido na celebração do aniversário de 28 anos da instituição, em Manaus (AM).

Para Crivella, o deputado João Batista não transportava o dinheiro no papel de parlamentar e sim no papel de bispo da igreja. O destino do dinheiro apreendido, segundo o senador, era prover a manutenção dos mais de 10 mil templos em todo território nacional. Crivella explicou ainda, na época, que a igreja não usou o depósito bancário, em virtude da grande quantidade de notas de pequeno valor.

O senador também foi um dos investigados em maio deste ano, no inquérito sobre o possível envolvimento da igreja Universal do Reino de Deus com duas empresas --Cableinvest e Investholding-- sediadas em paraísos fiscais, que financiaram a compra da TV Record do Rio de Janeiro e de outras emissoras evangélicas.

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