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30/09/2005
-
14h50
da Folha Online
Os líderes partidários vão discutir na próxima terça-feira uma agenda mínima de votações para o mês de outubro. A decisão foi tomada ontem na primeira reunião dos líderes com o novo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Os líderes decidiram ainda que o Plenário vai votar na semana que vem as cinco medidas provisórias que trancam a pauta. Entre elas, a mais polêmica é a MP 258, que cria a Receita Federal do Brasil, conhecida como Super-Receita.
Além da retomada dos trabalhos do Plenário, Aldo Rebelo tentou fechar um acordo com os líderes para a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estende até 31 de dezembro o prazo para que mudanças na legislação eleitoral valham para as eleições do ano que vem.
Pelas regras atuais, o prazo termina nesta sexta-feira. No entanto, o líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES), avalia que ainda não há consenso sobre o assunto, somente "boa vontade".
Reforma política
Na avaliação do líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), a aprovação da PEC é essencial. Com ela, a Câmara terá tempo de discutir pontos polêmicos da reforma política, como o financiamento público de campanha, considerado prioridade pelo petista.
Fontana observa que o tema encontra legitimidade na sociedade. "A pior de todas as 'pizzas' é assistir a toda esta crise política, que envolve financiamento de campanha, e dizer que vamos para as eleições gerais do ano que vem com as mesmas regras. A crise é cíclica e se repete por causa das campanhas multimilionárias pagas com recursos privados." Além do financiamento público, o líder do PT prioriza a redução de gastos de campanha e a fidelidade partidária.
Já o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), é contrário à prorrogação do prazo para votar mudanças na legislação eleitoral. Ele considera complicado aprovar alguns pontos polêmicos da reforma política. O pefelista adverte que, caso o governo insista em discutir temas como a redução da cláusula de barreira, seu partido também vai insistir em outros assuntos polêmicos, como a autonomia do Banco Central.
Condição
O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), pondera que é favorável à votação da PEC que prorroga o prazo para mudanças na legislação eleitoral, desde que haja acordo sobre qual projeto de reforma política será votado. "Não queremos nenhuma armadilha que possa fazer com que amanhã haja um retrocesso na legislação eleitoral."
Entre os riscos, Goldman também cita o fim da cláusula de barreira. O líder do PSDB ressalvou que o partido até admite a redução no percentual de votos exigidos para o funcionamento parlamentar das legendas de 5% para 2%, como proposto no relatório da comissão especial da Câmara que analisou o assunto. No entanto, o tucano condiciona a mudança à adoção do sistema de listas pré-ordenadas.
Com Agência Câmara
Especial
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Líderes discutirão pauta de votações de outubro na terça-feira
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Os líderes partidários vão discutir na próxima terça-feira uma agenda mínima de votações para o mês de outubro. A decisão foi tomada ontem na primeira reunião dos líderes com o novo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Os líderes decidiram ainda que o Plenário vai votar na semana que vem as cinco medidas provisórias que trancam a pauta. Entre elas, a mais polêmica é a MP 258, que cria a Receita Federal do Brasil, conhecida como Super-Receita.
Além da retomada dos trabalhos do Plenário, Aldo Rebelo tentou fechar um acordo com os líderes para a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estende até 31 de dezembro o prazo para que mudanças na legislação eleitoral valham para as eleições do ano que vem.
Pelas regras atuais, o prazo termina nesta sexta-feira. No entanto, o líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES), avalia que ainda não há consenso sobre o assunto, somente "boa vontade".
Reforma política
Na avaliação do líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), a aprovação da PEC é essencial. Com ela, a Câmara terá tempo de discutir pontos polêmicos da reforma política, como o financiamento público de campanha, considerado prioridade pelo petista.
Fontana observa que o tema encontra legitimidade na sociedade. "A pior de todas as 'pizzas' é assistir a toda esta crise política, que envolve financiamento de campanha, e dizer que vamos para as eleições gerais do ano que vem com as mesmas regras. A crise é cíclica e se repete por causa das campanhas multimilionárias pagas com recursos privados." Além do financiamento público, o líder do PT prioriza a redução de gastos de campanha e a fidelidade partidária.
Já o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), é contrário à prorrogação do prazo para votar mudanças na legislação eleitoral. Ele considera complicado aprovar alguns pontos polêmicos da reforma política. O pefelista adverte que, caso o governo insista em discutir temas como a redução da cláusula de barreira, seu partido também vai insistir em outros assuntos polêmicos, como a autonomia do Banco Central.
Condição
O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), pondera que é favorável à votação da PEC que prorroga o prazo para mudanças na legislação eleitoral, desde que haja acordo sobre qual projeto de reforma política será votado. "Não queremos nenhuma armadilha que possa fazer com que amanhã haja um retrocesso na legislação eleitoral."
Entre os riscos, Goldman também cita o fim da cláusula de barreira. O líder do PSDB ressalvou que o partido até admite a redução no percentual de votos exigidos para o funcionamento parlamentar das legendas de 5% para 2%, como proposto no relatório da comissão especial da Câmara que analisou o assunto. No entanto, o tucano condiciona a mudança à adoção do sistema de listas pré-ordenadas.
Com Agência Câmara
Especial
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