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30/09/2005 - 15h24

Calheiros diz que candidatura de Temer não agregou partidos

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta sexta-feira que não apoiou a candidatura de seu colega e presidente do partido Michel Temer (SP) para a presidência da Câmara porque o deputado paulista não conseguiu agregar partidos. "Eleição não é brincadeira", disse ele.

Calheiros também afirmou que tentou articular a candidatura de Temer junto ao PFL e o PMDB, e que falou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto, porém, a candidatura de Temer não conseguiu "agregar".

O presidente do PMDB abriu mão de disputar a presidência da Câmara, em favor do candidato da oposição José Thomaz Nonô (PFL-AL), no dia da eleição, na última quarta-feira.

Na ocasião, Temer criticou a postura de Calheiros, diante de sua campanha. Inicialmente, Calheiros apoiou o nome de Temer, mas nos bastidores apoiou a candidatura governista de Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Segundo o presidente do Senado, ele "não entra em eleição para brincar". Citando a chapa Luiza Erundina (PSB-SP)/Temer à prefeitura de São Paulo nas últimas eleições, ele lembrou que a candidatura do deputado, na época, não aumentou os votos de Luiza Erundina.

Perfil adequado

Calheiros ainda disse que "não é uma questão de nome a eleição para a presidência da Câmara", mas sim uma questão de "perfil adequado para esse momento".

Minutos mais tarde, durante uma conversa com a imprensa, Calheiros afirmou que Temer perdeu a eleição e está "procurando um culpado".

O presidente do Senado participa nesta sexta-feira de evento que reuniu 204 empresários na capital paulista, que fazem parte do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Esse evento ganhou contornos de uma sessão de CPI quando Calheiros foi inquirido por um dos integrantes da Mesa, a deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP).

"Se o senhor acha que a candidatura de Temer era fraca, imagina a candidatura do Aldo [Rebelo]. Ele só ganhou porque teve três ministros circulando na Casa", disse Zulaiê.

Em resposta à acusação de que Rebelo foi eleito por uma ação do governo, o parlamentar considerou que "houve pressão dos dois lados". Calheiros ainda disse que governadores do PSDB mandaram deputados voltarem a Brasília para participarem da votação.

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