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03/10/2005 - 21h18

Lula diz que não tem "paixão" pela reeleição

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LÚCIA BAKOS
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta segunda-feira trocou o tom de seu discurso, que pela manhã foi centrado na política econômica, para tratar de reeleição. Embora tenha afirmado que prefere ficar em seu apartamento em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) com a primeira-dama em vez de concorrer à Presidência da República, Lula disse que deverá discutir os números positivos de seu governo e "o povo deverá decidir" se quer ou não sua reeleição.

"Agora, eu não estou discutindo reeleição. Esta coisa a gente não quer, a gente constrói. Uma hora vamos sentar para eu passar os números de meu governo e o povo é que irá decidir. Vocês podem ter certeza de que, assim como vocês nunca se arrependeram de ter me eleito o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, vocês também nunca se arrependerão de ter me elegido presidente da República", declarou o presidente, que participou hoje da abertura do 5º Congresso dos Metalúrgicos do ABC.

Pela manhã, na cerimônia de abertura do 6º Seminário da Indústria Brasileira da Construção, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Lula centrou suas declarações na economia. Ele descartou intervir na cotação do dólar e nas decisões do Banco Central sobre juros e criticou empresários por suas contradições.

No sindicato, ele lembrou de números positivos em programas sociais desenvolvidos em seu governo.

O presidente também lembrou que desde 1968 participa de atividades do sindicato e que mais da metade de sua vida freqüentou o mesmo ambiente. Citando a importância da entidade, ele ressaltou que foi do sindicado que saíram o presidente da República e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP).

"Houve uma evolução na política brasileira. E nós chegamos lá porque aprendemos a fazer o jogo democrático", declarou o presidente.

Ressaltando que em 33 meses de seu governo houve um salto positivo de 105 mil empregos por mês, Lula disse: "Nós estamos só começando".

"Não podemos consertar os erros de 500 anos. É preciso que vocês entendam. No Brasil é assim. Você tem um prefeito, governador, presidente que faz algo, vem outro e muda e quem paga o pato é povo, que não tem nada a ver a ver com isso", declarou o presidente.

Jogo errado

Lula também lembrou a perda na Câmara dos Deputados, com a eleição do então deputado Severino Cavalcanti para a presidência da Casa. "Quando a gente vacila, a gente perde. Em fevereiro, perdemos a presidência da Câmara porque nós jogamos errado."

O presidente ressaltou ainda a importância do líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), e do líder do governo no Senado Aloizio Mercadante (PT-SP), para a aprovação de projetos considerados importantes para o governo.

"Para cada atitude que vamos tomar, temos que saber o tamanho de nosso adversário. Aliança só se faz porque é preciso. Este é um jogo que precisa ser compreendido", afirmou.

Durante a abertura do congresso, o presidente recebeu de presente o livro "A História do Presidente Lula em Cordel", do jornalista Lima Rodrigues.

Questionado sobre os discursos de Lula, o presidente do PT, Tarso Genro, afirmou que o discurso do presidente "já está começando a ser favorável a sua reeleição".

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