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04/10/2005 - 13h28

CPI fará acareação entre irmão de Celso Daniel e assessor de Lula

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da Folha Online

A CPI dos Bingos aprovou nesta terça-feira acareação entre o médico João Francisco Daniel, irmão do prefeito de Santo André (Grande São Paulo) Celso Daniel, assassinado em 2002, e do chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. A comissão também aprovou as convocações do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira e do juiz João Carlos Rocha Mattos, preso desde 2002.

Os integrantes da comissão adiaram a votação do requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e de seu irmão Ademar Palocci a pedido do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

A CPI decidiu realizar a acareação porque Francisco Daniel e Carvalho deram versões contraditórias nos respectivos depoimentos.

João Francisco declarou à CPI que cinco dias depois da morte de seu irmão recebeu a visita de Carvalho em sua casa e ouviu a revelação de que recursos arrecadados de empresas em Santo André eram entregues ao deputado José Dirceu (PT-SP) para o financiamento da campanha do presidente Lula.

"Ele, Gilberto Carvalho, levava para o deputado José Dirceu dinheiro oriundo dos esquemas denunciados para a campanha presidencial", afirmou na ocasião.

Carvalho sempre negou a versão de João Francisco. Em seu depoimento à comissão, que ocorreu em sessão fechada, ele disse não saber de corrupção na Prefeitura de Santo André.

O chefe-de-gabinete de Lula disse ter tido cinco encontros com a família de Daniel (dois com João Francisco), mas que tratou das investigações do assassinato.

Segundo relatos de senadores que estiveram na CPI, Carvalho afirmou não ter levado dinheiro a Dirceu. De acordo com os parlamentares, Carvalho disse não ser "mula", apelido dado a pessoas contratadas por traficantes para transportar drogas em pequenas quantidades.

Inquérito

O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) será ouvido hoje. Ele foi designado pelo PT para acompanhar como advogado o inquérito policial que concluiu que a morte de Celso Daniel não foi crime político nem administrativo, mas seqüestro ou extorsão seguido de morte.

A comissão quer que Greenhalgh preste informações sobre o inquérito.

Também está previsto o depoimento do advogado Hélcio Cambraia Junior, que seria um dos beneficiários dos recursos captados pela MM Consultoria Huridica e Administrativa, empresa que teria recebido mais de R$ 2 milhões da multinacional Gtech.

Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo

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