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06/10/2005
-
10h08
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Quatro meses após o início da crise política e um mês e cinco dias após o relatório das CPIs, alguns dos principais partidos políticos envolvidos tomaram providências distintas para tomar explicações de seus parlamentares citados diretamente no caso do "mensalão".
No dia 6 de junho, a Folha de S.Paulo publicou entrevista com o então deputado federal Roberto Jefferson, do PTB do Rio de Janeiro, em que ele acusa o governo de comprar parlamentares por meio de um suposto "mensalão", cuja existência até hoje não existe unanimidade. Quase três meses depois, no dia 1º de setembro, as CPIs dos Correios e do Mensalão aprovaram um relatório parcial com os nomes de 18 deputados que supostamente estavam ligados ao escândalo. Desses 18, um já teve seu mandato cassado (o próprio Jefferson), um renunciou (Carlos Rodrigues), três sofrem processo no Conselho de Ética da Câmara, com risco de perda de mandato enquanto o caso do restante ainda é examinado no âmbito da Corregedoria (etapa anterior ao processo no Conselho).
A lista dos 18 deputados contempla parlamentares de seis partidos: PL, PMDB, PP, PT, PTB e PFL.
O PL, por meio de sua assessoria, informou que o partido não faria qualquer declaração ou pronunciamento sobre o envolvimento dos parlamentares e que vai aguardar a manifestação final dos órgãos que investigam as denúncias antes de tomar "as providências correspondentes. "O PL não vai se antecipar a uma decisão do Congresso e os seus órgãos de investigação, no caso, as CPIs, a Corregedoria e o Conselho de Ética, em respeito ao trabalho dos envolvidos".
O PMDB forneceu resposta semelhante e, também por meio de sua assessoria, informou que vai aguardar os procedimentos das instâncias do Congresso.
O PT abriu em agosto uma comissão de sindicância para as explicações oferecidas por alguns de seus deputados com envolvimento no escândalo e que, posteriormente, foram citados no relatório das CPIs. Todos foram instados a mandar explicações por escrito à comissão, que vai enviar um parecer para o Diretório Nacional (instância máxima da legenda) na reunião do dia 22. O parecer pode decidir ou não pela abertura de um processo em um conselho de ética da legenda, como o que já existe em relação ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Ele admitiu a montagem de um esquema de caixa 2 para financiar as campanhas do partido. O relatório final sobre o caso de Delúbio também será apreciado no dia 22.
O PFL informou que o único deputado citado na lista, Roberto Brant, de Minas Gerais, teve uma reunião com o presidente da legenda, Jorge Bornhausen, onde apresentou sua defesa das acusações.
O PP e o PTB foram solicitados a apresentar suas providências sobre o mesmo assunto durante a semana, mas até a quarta-feira não repassaram informações.
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Escândalo do "mensalão" não afeta relação de partidos e deputados
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Quatro meses após o início da crise política e um mês e cinco dias após o relatório das CPIs, alguns dos principais partidos políticos envolvidos tomaram providências distintas para tomar explicações de seus parlamentares citados diretamente no caso do "mensalão".
No dia 6 de junho, a Folha de S.Paulo publicou entrevista com o então deputado federal Roberto Jefferson, do PTB do Rio de Janeiro, em que ele acusa o governo de comprar parlamentares por meio de um suposto "mensalão", cuja existência até hoje não existe unanimidade. Quase três meses depois, no dia 1º de setembro, as CPIs dos Correios e do Mensalão aprovaram um relatório parcial com os nomes de 18 deputados que supostamente estavam ligados ao escândalo. Desses 18, um já teve seu mandato cassado (o próprio Jefferson), um renunciou (Carlos Rodrigues), três sofrem processo no Conselho de Ética da Câmara, com risco de perda de mandato enquanto o caso do restante ainda é examinado no âmbito da Corregedoria (etapa anterior ao processo no Conselho).
A lista dos 18 deputados contempla parlamentares de seis partidos: PL, PMDB, PP, PT, PTB e PFL.
O PL, por meio de sua assessoria, informou que o partido não faria qualquer declaração ou pronunciamento sobre o envolvimento dos parlamentares e que vai aguardar a manifestação final dos órgãos que investigam as denúncias antes de tomar "as providências correspondentes. "O PL não vai se antecipar a uma decisão do Congresso e os seus órgãos de investigação, no caso, as CPIs, a Corregedoria e o Conselho de Ética, em respeito ao trabalho dos envolvidos".
O PMDB forneceu resposta semelhante e, também por meio de sua assessoria, informou que vai aguardar os procedimentos das instâncias do Congresso.
O PT abriu em agosto uma comissão de sindicância para as explicações oferecidas por alguns de seus deputados com envolvimento no escândalo e que, posteriormente, foram citados no relatório das CPIs. Todos foram instados a mandar explicações por escrito à comissão, que vai enviar um parecer para o Diretório Nacional (instância máxima da legenda) na reunião do dia 22. O parecer pode decidir ou não pela abertura de um processo em um conselho de ética da legenda, como o que já existe em relação ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Ele admitiu a montagem de um esquema de caixa 2 para financiar as campanhas do partido. O relatório final sobre o caso de Delúbio também será apreciado no dia 22.
O PFL informou que o único deputado citado na lista, Roberto Brant, de Minas Gerais, teve uma reunião com o presidente da legenda, Jorge Bornhausen, onde apresentou sua defesa das acusações.
O PP e o PTB foram solicitados a apresentar suas providências sobre o mesmo assunto durante a semana, mas até a quarta-feira não repassaram informações.
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