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06/10/2005 - 17h13

Interbrazil admite doações a partidos, mas nega tráfico de influência

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da Folha Online

O presidente da seguradora Interbrazil, André Marques da Silva, admitiu nesta quinta-feira doações ao PT de Goiás, mas negou que utilizou informações privilegiadas para obter contratos no governo. Marques também negou que tenha aproveitado de seu relacionamento com Adhemar Palocci, irmão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para fazer tráfico de influência. Marques depõe nesta tarde na CPI dos Correios.

A Interbrazil apareceu dentro do noticiário político devido à reportagem do "Jornal Nacional" com denúncias de que a seguradora pagava dívidas de campanha do PT goiano. De acordo com o telejornal, apesar da falta de tradição no mercado, a seguradora logrou fechar contratos no total de R$ 4,6 bilhões no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Supostamente, a seguradora se aproveitou das relações entre Marques e Adhemar para conseguir esses contratos. A convocação do irmão do ministro, no entanto, foi descartava pela comissão.

Em seu depoimento, Marques admitiu doações para uma série de partidos: PSC, PL, PT, PSDB e PFL em Goiás, para o PSDB de São Paulo, para o PSDB e o PMDB do Paraná e para o PMDB em Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No entanto, ele disse que as doações não foram em dinheiro mas em material de campanha (bandeirinhas e projetos gráficos).

Marques também rejeitou as acusações de que se aproveitou de seu relacionamento com Adhemar, diretor da Eletronorte. "Em nada ajudou saber que ele era irmão de Palocci", disse ele. A Eletrobrás, empresa controladora da Eletronorte, negou que Adhemar tenha intermediado contrato com a Interbrazil.

Segundo a estatal, Adhemar Palocci ocupa o cargo desde março de 2005, e que os seguros das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 foram assinados com a Interbrazil em março de 2003. Ainda segundo a nota, a Eletronorte não tem poder para influenciar decisões sobre contratos da Eletronuclear (que controla as usinas).

Contratos bilionários

O deputado Carlos Willian (PMDB-MG), questionou o fato da seguradora ter um capital de R$ 35 mil e ter contratos de R$ 4,7 bilhões em empresas do setor energético.

Marques respondeu os seguros tinham cobertura do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), com exceção do contrato da Celg, que foi rescindido dois meses após sua assinatura.

O presidente da Interbrazil detalhou o faturamento da seguradora, que passou de R$ 28 milhões em 2000 para R$ 64 milhões em 2002. Ainda segundo ele, uma fatia de 70% desse faturamento teria origem em seguros de empresas de ônibus.

Com Agência Brasil e Agência Câmara

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