Publicidade
Publicidade
OAB pede ao TJ-SP suspensão de prazos processuais por causa da greve
Publicidade
FLÁVIO FERREIRA
da Reportagem Local
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo pediu ontem ao Tribunal de Justiça a suspensão dos prazos processuais das ações judiciais em andamento no Estado, em virtude da greve dos servidores do Judiciário paulista iniciada no dia 28. Segundo estimativa da entidade, a paralisação atinge, em média, 30% do efetivo das unidades da Justiça.
Entre os principais prazos processuais está aquele referente à apresentação de recursos, que em geral é de 15 dias após a publicação das sentenças, e o relativo ao atendimento das determinações dos juízes.
De acordo com o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio D'Urso, na maioria das comarcas o atendimento nos protocolos e nos distribuidores está prejudicado pela falta de funcionários --o que está causando longas filas-- e muitas audiências estão sendo suspensas.
"Como os advogados trabalham com prazos, esses pontos de estrangulamento estão prejudicando o pleno exercício profissional e a defesa do jurisdicionado, o que justifica a suspensão dos prazos processuais no Estado", segundo D'Urso.
A estimativa de adesão à paralisação feita pela OAB-SP teve por base informes feitos pelas subseções da entidade nos municípios paulistas. O balanço aponta que em algumas grandes cidades, como Campinas e Ribeirão Preto, o percentual de servidores em greve é superior à média de 30%.
Na região do ABCD, em São José dos Campos e Presidente Prudente, a adesão ao movimento grevista é baixa, de acordo com a entidade.
A assessoria do Tribunal de Justiça informou que o ofício relativo à suspensão de prazos encaminhado ontem pela OAB será analisado pela direção da instituição judiciária.
Ontem pela manhã desembargadores do TJ e representantes dos sindicatos dos funcionários do Judiciário fizeram uma reunião, mas não houve acordo para encerrar a greve.
À tarde, os grevistas fizeram uma assembleia na frente do Fórum João Mendes Júnior, no centro da capital, e decidiram dar continuidade ao movimento de paralisação.
As entidades pedem reajuste de 20,16% e o tribunal propôs aumento de 4,17%. Anteontem os sindicatos apresentaram à Justiça uma ação, tecnicamente chamada de dissídio coletivo, requerendo o reajuste.
Leia mais
- Presidente do TJ-SP diz que tomará medidas contra greve de servidores do Judiciário
- Aumenta adesão de servidores à paralisação da Justiça paulista
- Servidores rejeitam proposta do TJ-SP e decidem manter greve
Outras notícias de política em Brasil
- Para Marina, reajuste de aposentadoria deve prever problema das contas públicas
- Procuradoria eleitoral quer punir sites de apoio a Pimentel e Patrus
- Justiça Eleitoral nega pedido do PSDB para multar Instituto Sensus
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice