07/10/2005 - 16h55

Maluf fará exames no Hospital das Clínicas na segunda-feira

LÚCIA BAKOS
da Folha Online

O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf deverá passar pelos exames de endoscopia gástrica e de colonoscopia no Hospital das Clínicas na próxima segunda-feira, informou hoje Maurício Leite, um dos advogados dele na área cível.

Segundo o advogado, Maluf, que está preso na carceragem da Polícia Federal desde o dia 10 de setembro, tem sofrido de dores gástricas.

Os exames médicos foram recomendados pelo médico particular do ex-prefeito, o gastroenterologista Sérgio Nahas, do hospital Sírio Libanês, e foram autorizados nesta quinta-feira pela juíza federal Raecler Baldresca, da Corregedoria da Custódia da Polícia Federal.

"Acho que ele será removido para o Hospital das Clínicas somente na segunda-feira. No fim da tarde de hoje, terei uma reunião com o médico particular de Maluf, e aí vamos comunicar a Polícia Federal e a juíza sobre a data", afirmou Leite.

A remoção do ex-prefeito da carceragem da PF para o Hospital das Clínicas era esperada para acontecer hoje, mas, conforme o advogado, para ser submetido aos exames, Maluf precisa se preparar, como estar em jejum e fazer o uso de certos medicamentos.

"Estive lá [na PF] hoje de manhã e o Maluf está meio abatido e com dores. O médico dele não pôde ir, em razão de cirurgias marcadas. Nossa intenção é que Maluf faça esses exames o mais rápido possível, mas acho que isso acontecerá somente na segunda", reiterou.

O advogado ainda afirmou que Flávio, filho do ex-prefeito que está preso com ele na PF, também estaria sofrendo de dores, em razão da sua "colite crônica".

"Nem todo tipo de alimentação ele pode ingerir. Assim que possível, pediremos à Justiça o direito de Flávio ter uma alimentação diferenciada, mas no momento, o caso de Maluf é mais grave", disse Leite.

Pai e filho estão detidos na PF porque no processo, que apura desvio de verba pública e remessa ilegal de dinheiro para o exterior, a juíza da 2ª Vara Criminal paulista, Silvia Maria Rocha aceitou o argumento do Ministério Público de que, em liberdade, os dois poderiam atrapalhar o andamento do processo ocultando provas e coagindo testemunhas.

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