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10/10/2005 - 20h37

"Não dá para justificar fatos de três anos", diz sócio da SMPB

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O publicitário Cristiano Paz, um dos sócios da SMPB afirmou nesta segunda-feira, por meio da assessoria da agência, que "não dá para justificar todas as informações" sobre fatos ocorridos há três anos", referindo-se às ligações telefônicas para um telefone do comitê presidencial do atual prefeito de São Paulo José Serra (PSDB-SP), em 2002, à época em que o tucano era candidato à presidência da República. Paz também disse que manteve contatos informais com jornalistas e com o ex-ministro da Comunicação Pimenta da Veiga.

Conforme reportagem publicada hoje no jornal "O Estado de S.Paulo", a CPI dos Correios obteve registros telefônicos comprovando que Paz trocou, ao menos, 37 telefonemas com o comitê financeiro do então candidato tucano à presidência da República.

As ligações teriam sido feitas na reta final das eleições presidenciais. Entretanto, na prestação de contas do PSDB enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não constaria qualquer citação entre a agência e a campanha eleitoral de Serra.

Paz teve os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados pela CPI dos Correios por ser sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o principal operador do "mensalão".

Segundo a assessoria da SMPB, alguns jornalistas que trabalharam na campanha são conhecidos de Paz, pessoas com as quais ele sempre manteve contatos. O mesmo ocorre com o ex-ministro Pimenta da Veiga, que era um dos coordenadores da campanha presidencial tucana em Minas.

"Ele fez contatos com algumas dessas pessoas [jornalistas e o ex-ministro]. Com o Pimenta, o Cristiano ligou algumas vezes para opinar sobre uma pesquisa, comentar um fato da campanha, sempre de maneira informal", disse a assessoria da SMPB.

De acordo com a agência, por ser publicitário, Paz sempre está a "prospectar", embora não tenha feito nenhum trabalho na campanha de Serra. Disse conhecer Pimenta há muitos anos e que, por isso, sempre teve essa liberdade para ligar e fazer comentários.

A SMPB informou ainda que Paz não citaria os nomes de jornalistas com os quais teria conversado para "não envolver o nome de gente que não tem nada a ver com a história".

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