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Presidente da OAB defende afastamento de Tuma Jr. durante investigação
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colaboração para a Folha
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, defendeu neste sábado o afastamento do cargo do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior e afirmou que as acusações contra ele são gravíssimas e precisam ser esclarecidas.
Tuma Jr. tentou ajudar presos com dólares
Inquérito da Polícia Federal investiga assessor de Tuma Jr.
PF aponta ligação de secretário nacional de Justiça com chefe da máfia chinesa
Tuma Jr. diz desconhecer investigação sobre elo com suposto membro da máfia
"Em respeito à sociedade brasileira e para resguardar o Poder Executivo de acusações quanto à possível interferência nas investigações levadas a efeito pela PF, o recomendável seria o seu afastamento até que o inquérito seja encaminhado ao Ministério Público", disse Cavalcante.
Gravações telefônicas e e-mails ligam o secretário a um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, Li Kwok Kwen --também conhecido como Paulo Li. As informações são de reportagem de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo".
O chinês foi preso em 2009 com mais outras 13 pessoas sob a acusação de comandar um esquema de contrabando de telefones celulares falsificados que girava R$ 1,2 milhão por mês. Ele também está envolvido em uma ação ilegal de emissão de vistos permanentes para chineses no Brasil. Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha e descaminho e estava preso até ontem.
A relação de ambos foi mapeada pela PF por seis meses. Segundo a reportagem, Paulo Li telefonou para o secretário nacional de Justiça ao ser preso. Com medo de envolvimento no processo, Tuma Júnior ligou para a Polícia Federal e pediu para ser ouvido. Em depoimento, disse desconhecer as operações ilegais de Li.
Ainda de acordo com o "Estado", os pedidos de Li eram transmitidos abertamente a Tuma Júnior. O secretário, por sua vez, demonstrava proximidade com o chinês. Tuma Júnior foi apontado como cliente assíduo das operações da máfia chinesa ao encomendar celulares, computador e video game.
As investigações também revelaram que Li se apresentava como "assessor especial" da Secretaria Nacional de Justiça, conforme apontaram apreensões de cartões de visita no escritório do chinês. Ele atuava, segundo a reportagem, como uma espécie de lobista para a aprovação de processos de anistia de chineses em situação ilegal no país.
O secretário nacional de Justiça também dirige o CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria), que assumiu no final de abril.
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