Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/10/2005 - 22h08

Ex-policial civil acusado de comandar crime organizado vai retornar ao Brasil

Publicidade

ANA RAQUEL COPETTI
Colaboração para a Agência Folha, em Campo Grande

Um avião da Polícia Federal brasileira foi enviado hoje a Montevidéu, no Uruguai, para trazer o ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, condenado por comandar em Mato Grosso o crime organizado e preso no país vizinho desde abril de 2003.

Ele deve ser retirado do Uruguai em no máximo 20 dias contados a partir da última quarta-feira, conforme rege o tratado de extradição entre os dois países.

Segundo a Polícia Federal em Brasília, o avião chegou ao país vizinho hoje, mas não há confirmação do dia de chegada em Cuiabá, capital de Mato Grosso, para onde Arcanjo será transferido. Por questão de segurança, a Polícia Federal não vai revelar horário e local de chegada de Arcanjo ao Brasil. O destino dele ainda é incerto, mas há expectativa de que ele cumpra pena na Penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá.

O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, disse que "não há dúvidas de que Arcanjo ficará preso no presídio federal localizado nas dependências da penitenciária em Cuiabá".

A extradição de Arcanjo foi deferida pela Justiça uruguaia no dia 30 de setembro, mas o Brasil só foi notificado oficialmente do fato na quarta, por meio da embaixada no Uruguai.

A decisão atende a um pedido do Ministério da Justiça, conforme requerimento do juiz federal Julier Sebastião Silva. Arcanjo está preso em Montevidéu desde o dia 10 de abril de 2003 por uso de documento falso. O governo brasileiro apresentou os documentos pedindo e justificando sua extradição poucos dias após sua prisão.

Comendador

Conhecido como "comendador", João Arcanjo Ribeiro é um dos principais comandantes do crime organizado em Mato Grosso. Seu nome é apontado como um dos líderes na suposta associação criminosa formada com o fim de negociar decisões judiciais favoráveis do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e que envolvia diversos advogados --dois deles filhos de ministros do STJ.

Segundo denúncia do Ministério Público, o grupo estava disposto a pagar até R$ 100 mil por habeas corpus que beneficiariam Ribeiro e outros integrantes. O caso nasceu de interceptação telefônica feita pela Polícia Federal com autorização judicial. O conteúdo das gravações foi revelado pela Folha em fevereiro de 2003.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre João Arcanjo Ribeiro
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página