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24/10/2005 - 17h01

Mesquita diz que funcionária do Acre era responsável por "mensalinho"

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FELIPE RECONCO
da Folha Online, em Brasília

O senador Geraldo Mesquita (PSOL-AC) atribuiu à funcionária de seu gabinete em Sena Madureira, no Acre, Maria das Dores Siqueira da Silva, a responsabilidade pelo recebimento de "mensalinho" --40% do salário de outro de seus funcionários, Paulo dos Santos Freire.

Maria das Dores, conhecida como Dóris, teria contratado Paulo para o escritório do senador na cidade mediante um acerto: parte do salário seria entregue a ela para que financiasse despesas de uma ONG da qual faz parte.

Mesquita afirmou que, logo que a denúncia contra ele foi feita, de que receberia 40% do salário de seus funcionários, conversou com a funcionária e ouviu dela a confissão do esquema. "Ela me envolveu como um escudo de proteção", disse.

Mesmo com as denúncias que envolvem o nome do senador, Dóris não foi demitida e estaria disposta a confirmar o caso ao Conselho de Ética do Senador.

No plenário do Senado, em discurso na tribuna, repete não ter pedido parte do salário dos seus subordinados. "Não pedi, não impus, não recomendei, e nunca utilizei a prática de que sou acusado. Se o fizesse, seria indigno não só de meu mandato e de minha profissão, como também da confiança de meus conterrâneos e de minha família", afirmou.

O senador atribuiu à assessoria de comunicação do governo do Acre, que é do PT, a responsabilidade pelas denúncias contra ele. 'Qualquer dia colocam uma trouxa de maconha no meu carro e mandam fazer uma batida. Estou lidando com gente perigosa', declarou.

Mão estendida

Em defesa do governo de Jorge Viana, o senador Tião Viana (PT) classificou de "levianas, desprovidas de lógica e de entendimento da realidade" as acusações contra o PT no Estado feitas por Mesquita.

"Nós o tratamos com a mão estendida e com o respeito. Ele tem um comportamento com desvio de lógica e de entendimento da realidade. O mal maior que fizemos a esse pessoa foi a sua eleição", afirmou Viana.

Em seguida, o senador Siba Machado (PT-AC) fez coro, defendeu o governo de Jorge Viana e criticou Mesquita. "Ele que explique as denúncias contra ele", afirmou.

O caso de Geraldo Mesquita já foi levado ao Conselho de Ética na sexta-feira pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL).

O senador já ofereceu seu sigilo bancário na tentativa de provar que os recursos dos funcionários não eram transferidos para sua conta. Admitiu ainda a possibilidade de que servidores abram mão de seus sigilos para que os dados sejam remetidos ao Conselho de Ética.

Especial
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