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25/10/2005
-
11h59
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O clima de guerra entre governo e oposição se instalou definitivamente nesta terça-feira na CPI dos Bingos, quando os governistas trouxeram para a reunião um relatório sobre a ação do presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB).
Há três anos, quando ainda era deputado e vice-presidente da Câmara, Efraim acatou questão de ordem e anulou o pedido de um depoimento na CPI do Banespa, com a alegação de que este depoimento não fazia parte do contexto de investigações daquela comissão.
A oposição alega que hoje o senador do PFL faz uso político da CPI dos Bingos e desvia o seu foco de investigações.
A apresentação deste relatório por parte da oposição provocou irritação por parte do pefelista. "A CPI está no foco, continua no foco e não vai se desviar dele. Aquela decisão foi tomada em uma situação totalmente diferente. Eu estava assumindo a presidência dos trabalhos naquele momento e dei minha decisão baseada em um parecer elaborado pela assessoria da Mesa. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", rebateu Efraim.
Caso Celso Daniel
A idéia da oposição é provar que ao investigar o caso Celso Daniel a CPI dos Bingos se desvia do seu foco que é investigar a ação do crime organizado nas casas de jogos do país, bem como apurar as irregularidades cometidas na renovação do contrato para exploração das loterias da Caixa Econômica Federal pela empresa Gtech.
A oposição defende ainda que a acareação entre o chefe-de-gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e os irmãos do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, marcada para amanhã, seja aberta.
Segundo Efraim, não há qualquer possibilidade de a sessão de amanhã ser reservada como quer a base governista. "O requerimento que propôs esta acareação trata de uma sessão aberta, não vejo como alterar este fato", disse ele.
Com o surgimento deste relatório, mais a polêmica sobre a questão da acareação de Gilberto Carvalho ser fechada ou não, a oitiva do ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos está atrasada.
Rocha Mattos vai depor sobre suas declarações a respeito de Gilberto Carvalho. Segundo o juiz, as gravações registravam diálogos telefônicos de pessoas envolvidas no caso do Celso Daniel. Conforme Rocha Mattos disse à revista "Veja", Gilberto Carvalho "comandava todas as conversas, dava orientações de como as pessoas deviam proceder". Carvalho nega a interferências nas investigações.
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Há três anos, quando ainda era deputado e vice-presidente da Câmara, Efraim acatou questão de ordem e anulou o pedido de um depoimento na CPI do Banespa, com a alegação de que este depoimento não fazia parte do contexto de investigações daquela comissão.
A oposição alega que hoje o senador do PFL faz uso político da CPI dos Bingos e desvia o seu foco de investigações.
A apresentação deste relatório por parte da oposição provocou irritação por parte do pefelista. "A CPI está no foco, continua no foco e não vai se desviar dele. Aquela decisão foi tomada em uma situação totalmente diferente. Eu estava assumindo a presidência dos trabalhos naquele momento e dei minha decisão baseada em um parecer elaborado pela assessoria da Mesa. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", rebateu Efraim.
Caso Celso Daniel
A idéia da oposição é provar que ao investigar o caso Celso Daniel a CPI dos Bingos se desvia do seu foco que é investigar a ação do crime organizado nas casas de jogos do país, bem como apurar as irregularidades cometidas na renovação do contrato para exploração das loterias da Caixa Econômica Federal pela empresa Gtech.
A oposição defende ainda que a acareação entre o chefe-de-gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e os irmãos do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, marcada para amanhã, seja aberta.
Segundo Efraim, não há qualquer possibilidade de a sessão de amanhã ser reservada como quer a base governista. "O requerimento que propôs esta acareação trata de uma sessão aberta, não vejo como alterar este fato", disse ele.
Com o surgimento deste relatório, mais a polêmica sobre a questão da acareação de Gilberto Carvalho ser fechada ou não, a oitiva do ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos está atrasada.
Rocha Mattos vai depor sobre suas declarações a respeito de Gilberto Carvalho. Segundo o juiz, as gravações registravam diálogos telefônicos de pessoas envolvidas no caso do Celso Daniel. Conforme Rocha Mattos disse à revista "Veja", Gilberto Carvalho "comandava todas as conversas, dava orientações de como as pessoas deviam proceder". Carvalho nega a interferências nas investigações.
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