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25/10/2005 - 17h32

Depoimento de ex-deputado não trouxe nada de novo, diz presidente da CPI

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da Folha Online

O presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou nesta terça-feira que o depoimento do ex-deputado Osmir Lima não trouxe nada de novo às investigações. "É uma repetição, é uma volta ao passado e uma volta por um caminho que não traz coisas novas", disse.

À CPI, Lima negou que tenha recebido dinheiro para votar a favor da emenda constitucional da reeleição. "Votei a favor da reeleição porque pessoalmente tinha convicção de que o melhor para o país era o projeto de reeleição. Se o governo estava certo, nada melhor do que continuar."

Lima afirmou ainda que votou a favor da emenda a pedido do então governador do Acre pelo PFL Orlei Cameli. "O pedido que ele me fizesse eu atenderia", disse Lima.

O ex-deputado chegou a ser investigado, à época, por ser citado em uma gravação como um dos parlamentares que teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda da reeleição.

Processo

A Comissão de Sindicância da Câmara abriu processo sobre o caso, cujo relator foi o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) --que também é relator da CPI do Mensalão. O parecer do relator foi avaliado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e, em 1998, Lima foi absolvido pelo plenário.

No início do depoimento, Lima disse que foi citado de forma 'imprecisa' na gravação e que não existiam "provas concretas" contra ele.

O ex-deputado lembrou que, na ocasião, "havia boatos de que estavam comprando votos tanto de um lado quanto do outro". O relator Abi-Ackel considerou a declaração um fato novo. "Agora é que estamos ouvindo pela primeira vez essa declaração de que teria havido também tentativa dos dois lados: tanto para impedir quanto para aprovar [a emenda de reeleição]."

Cancelado

A CPI do Mensalão também ia ouvir o ex-deputado Chicão Brígido, igualmente citado na gravação como um dos deputados que teriam recebido dinheiro para votar a favor da emenda da reeleição.

O depoimento, no entanto, foi cancelado porque a defesa afirmou que o ex-deputado não foi notificado oficialmente.

Segundo Abi-Ackel, a secretaria da CPI e a Polícia Federal procuraram Chicão Brígido para notificá-lo, mas ele não foi encontrado. "O Chicão Brígido fugiu à intimação", afirmou o relator.

Ainda não foi marcada nova data para o depoimento de Brígido. Ele era deputado pelo PMDB do Acre.

Com Agência Brasil

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