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25/10/2005 - 19h58

CPI dos Bingos quer investigar denúncias contra Greenhalgh

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) afirmou nesta terça-feira que o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) pode ter "sérios problemas" com a Justiça caso se comprove as denúncias feitas contra ele hoje pelo juiz afastado João Carlos da Rocha Mattos, em depoimento na CPI dos Bingos.

Rocha Mattos afirmou que nas fitas gravadas pela Polícia Federal durante as investigações de um suposto caso de tráfico de drogas em Santo André (SP), constam diálogos nos quais a cúpula petista da cidade diz que Greenhalgh tinha que orientar os irmãos do prefeito assassinado Celso Daniel e a sua namorada, Ivone de Santana, sobre como prestar depoimento.

"Mais do que sofrer processo por quebra de decoro parlamentar e correr o risco de perder seu mandato, o deputado Greenhalgh corre o risco de sofrer as consequências dos seus atos na Justiça caso sejam comprovadas as denúncias. Fazer uma montagem para evitar uma investigação é crime", afirmou Tuma.

O senador disse que Greenhalgh deve se explicar à CPI para confirmar ou negar as acusações de que tenha instruído as testemunhas do caso Celso Daniel para abafar o caso. Tuma também já pediu que a CPI faça um requerimento para obter as fitas que estejam em poder da 4ª Vara de Justiça Federal de São Paulo e que tratem das investigações do caso Celso Daniel.

Segundo Rocha Mattos, o objetivo da cúpula petista de Santo André era evitar as investigações sobre o assassinato do prefeito por medo de que viesse à tona o suposto esquema de corrupção que funcionava em Santo André.

Foco

A CPI dos Bingos foi criada para apurar a ação das casas de bingo e as denúncias contra Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil durante a gestão de José Dirceu (PT-SP).

No entanto, a comissão tem acumulado diferentes frentes de investigação, como por exemplo o suposto esquema de corrupção que funcionava na Prefeitura de Santo André.

Em depoimentos à CPI, João Francisco e Bruno Daniel, irmãos do prefeito assassinado, disseram ter ouvido de Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a revelação de que fora portador de dinheiro arrecadado ilicitamente na Prefeitura de Santo André.

Segundo o relato dos dois irmãos, Carvalho lhes teria dito que entregou os recursos em pessoa ao deputado José Dirceu (PT-SP), então coordenador da campanha de Lula à Presidência. Carvalho nega que tenha mantido tal diálogo.

Especial
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