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26/10/2005 - 16h49

Líder do PFL diz que "não existem ainda" condições para nova CPI

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), disse nesta quarta-feira que não existem ainda as condições para a criação de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Casa. O PSDB anunciou que busca assinaturas entre os senadores para a abertura de uma comissão de inquérito destinada a investigar denúncias de caixa 2 em campanhas eleitorais.

"A CPI pode sinalizar uma intenção, mas as condições, ao meu ver, não existem ainda", afirmou o pefelista. Ele afirmou que a CPI planejada pelo PSDB é mais uma atitude política para marcar posição do que uma atitude pragmática. E questionou se haveria número suficiente de parlamentares para compor uma nova comissão.

Hoje, no Congresso Nacional, funcionam quatro CPIs mistas (com senadores e deputados) --dos Correios, da Emigração Ilegal, da "Compra de Votos" e da "Terra"-- e uma exclusiva do Senado (dos Bingos).

Somente a CPI da "Compra de Votos" demanda 17 titulares de cada Casa, enquanto a dos Correios exige 16 titulares, e a dos Bingos, 15. As duas restantes precisam de 12 titulares cada. Para cada comissão, é preciso haver um número igual de suplentes, em cada Casa.

No início da tarde, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que já havia reunido 30 assinaturas --são necessárias 27-- mas que pretender conseguir até 36 para evitar que parlamentares retirem o nome da lista às vésperas da criação da comissão. O senador tucano também afirmou que pretendia entregar o requerimento para a criação da CPI ainda nesta tarde.

Questionado se haveria parlamentares em número suficiente para tocar uma nova comissão, respondeu que entraria nessa discussão. "Isso não é problema meu", respondeu o senador, e acrescentou que sua intenção era tirar o assunto (investigação de caixa 2) do âmbito da CPI dos Correios para tratá-lo em separado.

Azeredo

A decisão de criar uma comissão exclusiva para apurar as denúncias vem logo após a decisão do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) de deixar a presidência da legenda em função das denúncias comprovadas de que sua campanha recebeu recursos não contabilizados das contas de Marcos Valério Fernandes de Souza.

O caso de Azeredo foi levado pelo PT à CPI dos Correios. Os tucanos entenderam que a ação de levar o caso para a comissão fazia parte de uma estratégia para encobrir as denúncias de corrupção que pesam contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

No documento, os tucanos devem ressaltar que as investigações devem se dirigir a campanhas estaduais do PT citadas por Marcos Valério como beneficiárias de recursos de suas contas. De acordo com tucanos, serão objeto de investigação, por exemplo, as campanhas do PT em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Ceará, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a "CPI do caixa 2"
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