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26/10/2005
-
21h51
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O presidente do PT de Minas Gerais, o ex-ministro Nilmário Miranda, usou hoje o caso do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para defender "isonomia" em relação aos deputados ameaçados de cassação que alegam uso de caixa dois em campanha eleitoral. A tese de Nilmário é: ou Azeredo é incluído no processo de cassação ou os parlamentares ameaçados são absolvidos.
Ele defende a segunda opção. "Se eu fosse deputado, eu não votaria pela cassação do João Magno (PT-MG) e do Roberto Brant (PFL-MG), por exemplo. Poderia haver outro tipo de punição. Cassação para uso de caixa dois vai virar poço sem fundo", disse.
"Todo mundo que for denunciado vai ter que ser aberto processo no Conselho de Ética e cassar", disse, acrescentando que a cassação se justificaria se o caixa dois estiver combinado com outra irregularidade.
Azeredo renunciou anteontem à presidência nacional do PSDB depois de vir à tona que sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 1998 teve caixa dois financiado pelo empresário Marcos Valério. O senador alega que só soube disso após a campanha eleitoral. Em 2002, um cheque de Valério pagou uma dívida de Azeredo referente àquela campanha, de R$ 700 mil.
Nilmário disse que deve haver "isonomia" nos casos alegados de caixa dois. Mas, ao ser lembrado que contra o PT pesam suspeitas de que houve também pagamento a deputados da base aliada, ele disse que, nesse caso, os deputados petistas estão fora disso. Alegou que sendo do PT, não haveria motivos para eles receberem recursos para votar com o governo. "Isso só comprova que o uso do dinheiro foi eleitoral", afirmou.
O presidente do PT de Minas comparou ainda o caso de Azeredo com o do ex-ministro e deputado José Dirceu, também ameaçado de cassação. Disse Nilmário que "não há tratamento" igual quando se considera que Azeredo não sabia do empréstimo feito por Valério em 1998 e que Dirceu sabia do empréstimo que Valério fez ao PT. "Tem que haver tratamento igual", disse.
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Nilmário defende "isonomia" a deputados envolvidos em caixa dois
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O presidente do PT de Minas Gerais, o ex-ministro Nilmário Miranda, usou hoje o caso do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para defender "isonomia" em relação aos deputados ameaçados de cassação que alegam uso de caixa dois em campanha eleitoral. A tese de Nilmário é: ou Azeredo é incluído no processo de cassação ou os parlamentares ameaçados são absolvidos.
Ele defende a segunda opção. "Se eu fosse deputado, eu não votaria pela cassação do João Magno (PT-MG) e do Roberto Brant (PFL-MG), por exemplo. Poderia haver outro tipo de punição. Cassação para uso de caixa dois vai virar poço sem fundo", disse.
"Todo mundo que for denunciado vai ter que ser aberto processo no Conselho de Ética e cassar", disse, acrescentando que a cassação se justificaria se o caixa dois estiver combinado com outra irregularidade.
Azeredo renunciou anteontem à presidência nacional do PSDB depois de vir à tona que sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 1998 teve caixa dois financiado pelo empresário Marcos Valério. O senador alega que só soube disso após a campanha eleitoral. Em 2002, um cheque de Valério pagou uma dívida de Azeredo referente àquela campanha, de R$ 700 mil.
Nilmário disse que deve haver "isonomia" nos casos alegados de caixa dois. Mas, ao ser lembrado que contra o PT pesam suspeitas de que houve também pagamento a deputados da base aliada, ele disse que, nesse caso, os deputados petistas estão fora disso. Alegou que sendo do PT, não haveria motivos para eles receberem recursos para votar com o governo. "Isso só comprova que o uso do dinheiro foi eleitoral", afirmou.
O presidente do PT de Minas comparou ainda o caso de Azeredo com o do ex-ministro e deputado José Dirceu, também ameaçado de cassação. Disse Nilmário que "não há tratamento" igual quando se considera que Azeredo não sabia do empréstimo feito por Valério em 1998 e que Dirceu sabia do empréstimo que Valério fez ao PT. "Tem que haver tratamento igual", disse.
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