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27/10/2005
-
09h29
CHICO DE GOIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado do governo, disse ontem que instalará a CPI para investigar o caixa dois em campanhas eleitorais, caso o PSDB protocole o pedido.
"Se chegar um requerimento com o número mínimo de assinaturas e o objeto de investigação definido, terei de instalar [a CPI]."
Embora acredite que a existência de caixa dois nas campanhas eleitorais já está sendo investigada nas outras CPIs que tramitam pelo Congresso, Renan defendeu a criação de comissões como um instrumento das minorias.
Ontem, o líder do PSDB no Senador, Arthur Virgílio (AM), disse ter cerca de 35 assinaturas para enviar o pedido de CPI. Ele prometeu protocolar ontem mesmo o requerimento, mas, até o fechamento desta edição, não o havia feito. A proposta de criação de mais uma CPI foi motivada pela irritação dos tucanos com os petistas, que vinculam o ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo (MG), à criação do esquema de financiamento de campanhas com empréstimos de Marcos Valério.
Os alvos dos tucanos são os senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC). Mercadante disse que os tucanos "criticaram a criação da CPI do Mensalão porque iria investigar tudo". Ele acredita que a existência de caixa dois já está sendo verificada pelas outras comissões. Para o líder do governo no Senado, é preciso ver como combinar investigação com agenda legislativa.
O presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), demonstrou espanto com a proposta dos tucanos. "É muita CPI."
O ministro Jaques Wagner disse que a eventual instalação da CPI não será bom ao governo nem ao Congresso. "Não é bom para o país que se produza por tempo muito longo um processo de tensionamento das relações dentro do Congresso entre partidos e entre o governo e a oposição."
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Nova CPI depende de tucanos, diz Renan
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado do governo, disse ontem que instalará a CPI para investigar o caixa dois em campanhas eleitorais, caso o PSDB protocole o pedido.
"Se chegar um requerimento com o número mínimo de assinaturas e o objeto de investigação definido, terei de instalar [a CPI]."
Embora acredite que a existência de caixa dois nas campanhas eleitorais já está sendo investigada nas outras CPIs que tramitam pelo Congresso, Renan defendeu a criação de comissões como um instrumento das minorias.
Ontem, o líder do PSDB no Senador, Arthur Virgílio (AM), disse ter cerca de 35 assinaturas para enviar o pedido de CPI. Ele prometeu protocolar ontem mesmo o requerimento, mas, até o fechamento desta edição, não o havia feito. A proposta de criação de mais uma CPI foi motivada pela irritação dos tucanos com os petistas, que vinculam o ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo (MG), à criação do esquema de financiamento de campanhas com empréstimos de Marcos Valério.
Os alvos dos tucanos são os senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC). Mercadante disse que os tucanos "criticaram a criação da CPI do Mensalão porque iria investigar tudo". Ele acredita que a existência de caixa dois já está sendo verificada pelas outras comissões. Para o líder do governo no Senado, é preciso ver como combinar investigação com agenda legislativa.
O presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), demonstrou espanto com a proposta dos tucanos. "É muita CPI."
O ministro Jaques Wagner disse que a eventual instalação da CPI não será bom ao governo nem ao Congresso. "Não é bom para o país que se produza por tempo muito longo um processo de tensionamento das relações dentro do Congresso entre partidos e entre o governo e a oposição."
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