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27/10/2005 - 13h48

CPI dos Bingos aprova nova acareação com envolvidos no caso Celso Daniel

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da Folha Online

A CPI dos Bingos aprovou nesta quinta-feira uma nova acareação para tratar do caso de Celso Daniel, prefeito de Santo André assassinado em 2002. Dessa vez, serão convocados Klinger Luiz de Oliveira, que era secretário de Serviços Municipais à época do crime, e os empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.

Também deverão tomar parte da acareação José Erivam Aleixo da Silva, Ivan Rodrigues da Silva, José Edison da Silva, Itamar Messias Silva dos Santos, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, Elcyd Oliveira Brito e Marcos Roberto Bispo dos Santos.

A CPI aprovou ainda requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), convocando o deputado federal Jamil Murad (PC do B-SP) que é médico e examinou o corpo de Celso Daniel.

Suplicy quer também a convocação de Ivone Santana, então namorada do prefeito.

Dúvidas

Depois de sete horas de acareação entre o chefe de gabinete da presidência, Gilberto Carvalho, e os irmãos do prefeito assassinado de Santo André Celso Daniel, Bruno Daniel e João Francisco Daniel, o relator da CPI dos Bingos, Garibaldi Alves (PMDB-RN), diz depender do detector de mentiras para saber qual é a versão verdadeira.

Bruno e João Francisco reafirmaram a versão de que Carvalho declarou a eles que transportava recursos obtidos irregularmente na prefeitura de Santo André para o PT. O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que tenha confessado a prática de corrupção na prefeitura e levado recursos para o então presidente do PT José Dirceu.

Governo e oposição

Os senadores oposicionistas deixaram a CPI e disseram propensos a acreditar na versão dos dois irmãos. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), disse que a demora de Gilberto Carvalho em responder ao desafio feito por João Francisco para que enfrentassem um detector de mentiras revelou fragilidade na versão do chefe do gabinete de Lula.

Jefferson Peres (PDT-AM) apontou o que considerou duas falhas na versão de Carvalho. A primeira refere-se à resistência do chefe de gabinete de Lula em processar o irmão de Celso Daniel, que o acusa de carregar dinheiro e o entregar a Dirceu. A segunda, assim como dito por Agripino, foi a recusa, no primeiro momento, a responder ao desafio de participar de um teste com detector de mentiras.

Do lado dos governistas, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), afirmou que os irmãos de Celso Daniel apresentam uma versão, na opinião dela, inverossímil.

Ideli disse estranhar ainda que os irmãos de Celso Daniel não tenham revelado à polícia ou ao Ministério Público, logo depois do assassinato, a suposta declaração feita por Carvalho de que teria transportado recursos para Dirceu. João Francisco Daniel justificou-se com o argumento de que não confiava nos policiais envolvidos na investigação.

Com Agência Senado

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