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31/10/2005 - 09h19

Oposição quer que CPI apure remessa de Cuba

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SHEILA D'AMORIM
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A oposição definirá hoje a estratégia que vai adotar diante das novas denúncias de que a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recebido US$ 3 milhões de Cuba, o que é ilegal e, se confirmado, pode levar à cassação do registro do PT na Justiça eleitoral.

Deputados e senadores do PSDB e do PFL querem apurar a história convocando todos os envolvidos para depor em uma das CPI's em andamento no Congresso, que ainda será definida.

Para os parlamentares, a lista dos depoentes deverá incluir Antonio Palocci (Fazenda), um dos coordenadores da campanha de Lula, citado na reportagem publicada pela revista "Veja".

A oposição estuda medidas legais que podem ser adotadas. Enquanto o presidente Lula se reúne em Brasília com os ministros para traçar a linha de defesa do governo, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), se encontrará com os advogados do partido, em São Paulo, para avaliar possíveis ações jurídicas contra o PT e os envolvidos.

Depois de ouvir um parecer dos advogados, o senador disse que irá procurar o presidente do PSDB e prefeito de São Paulo, José Serra, para propor uma "atuação em conjunto". Segundo ele, a idéia é "entrar com medida no Tribunal Superior Eleitoral [TSE] e ver com os advogados a possibilidade de ações por crime de responsabilidade".

Bornhausen embarcou ontem de Florianópolis para São Paulo certo de que o depoimento de Palocci será indispensável. "Palocci era o chefe da campanha", argumentou, defendendo que o ex-presidente do PT José Genoino também seja chamado para prestar esclarecimentos. Segundo a reportagem de "Veja", Buratti diz que foi consultado a pedido de Palocci sobre como trazer para o país US$ 3 milhões de Cuba.

"Nem Palocci e nem Lula estão imunes à aplicação da lei. Ou o Congresso apura tudo ou vai pecar por omissão", afirmou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). Em paralelo à discussão entre as cúpulas pefelista e tucana, deputados e senadores dos dois partidos se reunirão em Brasília para decidir qual das duas CPIs --dos Correios ou dos Bingos--, tomará a frente da apuração.

Como a oposição não tem maioria na CPI dos Correios e um dos envolvidos na denúncia, Rogério Buratti, já é investigado na CPI dos Bingos, a pressão é para que a última coordene a apuração dos caso. O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, defende que a denúncia não deve ser objeto da CPI dos Bingos porque extrapola o foco de investigação da comissão.

Os congressistas pretendem encaminhar ao Departamento de Aviação Civil (DAC) pedido de informações sobre o vôo feito pelo avião Seneca. De acordo com a reportagem, a aeronave teria transportado o dinheiro de Brasília para São Paulo.

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