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01/11/2005
-
11h53
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
A sessão no Conselho de Ética da Câmara foi suspensa por alguns minutos em razão da ordem do dia na Casa, que deve votar a MP da Super Receita e o requerimento do Conselho para a prorrogação por 45 dias dos prazos de tramitação dos processos contra os deputados José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).
O voto do relator do processo contra Sandro Mabel, Benedito de Lira (PP-AL), será apresentado logo que os trabalhos no Conselho forem retomados. No entanto, Lira já afirmou que vai pedir o arquivamento do processo contra Mabel por falta de provas.
O deputado responde a processo por quebra de decoro parlamentar devido a uma representação movida pelo PTB. O partido alegou que Mabel era o responsável pela distribuição dos recursos do "mensalão" entre os integrantes do PL.
Ele é acusado também de ter oferecido R$ 1 milhão de "luvas" mais R$ 30 mil mensais para que a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) fosse para o PL.
"Não estou dizendo que ele é inocente. Apenas peço o arquivamento por falta de provas. Não digo que a deputada Raquel Teixeira mentiu, digo apenas que provas não foram apresentadas. A deputada depôs na condição de testemunha e não de acusadora. Acusador é o PTB e nós não encontramos provas das acusações", afirmou Lira.
Raquel e Mabel chegaram a participar de uma acareação, mas os membros do Conselho avaliaram que os dois foram convincentes e que ficou a palavra de um contra o outro.
Certo de sua absolvição, Mabel afirmou que nunca teve dúvidas de que sua inocência seria demonstrada. "Sempre neguei ter feito proposta financeira à deputada Raquel Teixeira. O convite feito nada teve de imoral ou ilegal."
"Quando soube da denúncia da deputada Raquel, reagi prontamente e procurei a deputada. Ela me disse que tudo não passou de um mal-entendido. Continuamos a conviver e ela chegou a me pedir favores pessoais", reiterou Mabel.
Em sua defesa, o deputado ainda mencionou que tentou ajudar o Conselho de Ética em tudo que foi possível. "Não tentei manobras para retardar os trabalhos, apesar de legítimas quando a pessoa pode fazê-las, mas eu não fiz. Minha inocência será reconhecida e a verdade dos fatos será revelada."
Para agilizar os trabalhos no Conselho, foi feito um acordo com Mabel para que o relator não fizesse a leitura do parecer e só apresentasse o seu voto. Caso não haja pedido de vistas (mais prazo para analisar o parecer), o relatório poderá ser votado ainda hoje pelo Conselho.
Outro acusado
À tarde, os membros do Conselho de Ética ainda vão discutir e votar o relatório do deputado Josias Quintal (PSB-RJ), que recomenda a cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) por quebra de decoro.
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) pediu vistas ao relatório de Quintal e a votação ficou para hoje.
No seu parecer, o relator afirma que o coordenador do PTB de Minas Gerais, José Hertz Cardoso, confirmou que recebeu, a pedido de Queiroz, um cheque de R$ 50 mil da diretora financeira da agência SMPB, Simone Vasconcelos, em junho de 2003.
Na lista apresentada por Simone, Queiroz aparece como tendo sacado R$ 350 mil. Ele admitiu ter recebido outros R$ 102 mil da Usiminas, que foram intermediados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
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da Folha Online, em Brasília
A sessão no Conselho de Ética da Câmara foi suspensa por alguns minutos em razão da ordem do dia na Casa, que deve votar a MP da Super Receita e o requerimento do Conselho para a prorrogação por 45 dias dos prazos de tramitação dos processos contra os deputados José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).
O voto do relator do processo contra Sandro Mabel, Benedito de Lira (PP-AL), será apresentado logo que os trabalhos no Conselho forem retomados. No entanto, Lira já afirmou que vai pedir o arquivamento do processo contra Mabel por falta de provas.
O deputado responde a processo por quebra de decoro parlamentar devido a uma representação movida pelo PTB. O partido alegou que Mabel era o responsável pela distribuição dos recursos do "mensalão" entre os integrantes do PL.
Ele é acusado também de ter oferecido R$ 1 milhão de "luvas" mais R$ 30 mil mensais para que a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) fosse para o PL.
"Não estou dizendo que ele é inocente. Apenas peço o arquivamento por falta de provas. Não digo que a deputada Raquel Teixeira mentiu, digo apenas que provas não foram apresentadas. A deputada depôs na condição de testemunha e não de acusadora. Acusador é o PTB e nós não encontramos provas das acusações", afirmou Lira.
Raquel e Mabel chegaram a participar de uma acareação, mas os membros do Conselho avaliaram que os dois foram convincentes e que ficou a palavra de um contra o outro.
Certo de sua absolvição, Mabel afirmou que nunca teve dúvidas de que sua inocência seria demonstrada. "Sempre neguei ter feito proposta financeira à deputada Raquel Teixeira. O convite feito nada teve de imoral ou ilegal."
"Quando soube da denúncia da deputada Raquel, reagi prontamente e procurei a deputada. Ela me disse que tudo não passou de um mal-entendido. Continuamos a conviver e ela chegou a me pedir favores pessoais", reiterou Mabel.
Em sua defesa, o deputado ainda mencionou que tentou ajudar o Conselho de Ética em tudo que foi possível. "Não tentei manobras para retardar os trabalhos, apesar de legítimas quando a pessoa pode fazê-las, mas eu não fiz. Minha inocência será reconhecida e a verdade dos fatos será revelada."
Para agilizar os trabalhos no Conselho, foi feito um acordo com Mabel para que o relator não fizesse a leitura do parecer e só apresentasse o seu voto. Caso não haja pedido de vistas (mais prazo para analisar o parecer), o relatório poderá ser votado ainda hoje pelo Conselho.
Outro acusado
À tarde, os membros do Conselho de Ética ainda vão discutir e votar o relatório do deputado Josias Quintal (PSB-RJ), que recomenda a cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) por quebra de decoro.
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) pediu vistas ao relatório de Quintal e a votação ficou para hoje.
No seu parecer, o relator afirma que o coordenador do PTB de Minas Gerais, José Hertz Cardoso, confirmou que recebeu, a pedido de Queiroz, um cheque de R$ 50 mil da diretora financeira da agência SMPB, Simone Vasconcelos, em junho de 2003.
Na lista apresentada por Simone, Queiroz aparece como tendo sacado R$ 350 mil. Ele admitiu ter recebido outros R$ 102 mil da Usiminas, que foram intermediados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
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