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04/11/2005
-
18h48
da Folha Online
O sub-relator de movimentações financeiras da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), afirmou que no relatório que irá divulgar na próxima semana apontará outras possíveis fontes de recursos repassados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza aos indicados por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Segundo Fruet, além do já citado contrato com a Visanet, os recursos teriam vindo de empresas privadas, os trabalhos para a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) e as bonificações que a DNA Propaganda recebia dos veículos de comunicação e não teria repassado às estatais.
Fruet afirmou que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou irregularidades nos contratos dos Correios e com as empresas de Valério e que houve "sobra" de dinheiro nas contas do empresário mineiro.
Fruet disse que não há elementos que mostrem que, nos Correios, foi realizada a mesma operação feita com a Visanet. Entretanto, ele declarou que foram encontrados indícios de superfaturamento nos contratos e notas que foram emitidas sem que os serviços fossem prestados.
O deputado afirmou que o relatório irá apontar também que o recurso pode ter origem em empresas privadas que "têm interesse no governo e viram no Marcos Valério a possibilidade de intermediar esses interesses".
A quarta possível fonte de recursos, de acordo com Fruet, é a bonificação recebida por Marcos Valério nos contratos de publicidade. "Ele movimentou, entre 2003 e meados de 2005, um valor de quase 150 milhões de reais em contratos. Considerando uma prática de mercado --que é a bonificação que fica em torno de 10 a 20% --já se tem uma origem considerável de recursos que podem ter sido utilizados para esse tipo de operação", acrescentou o sub-relator.
Uma auditoria feita pelo TCU em conjunto com a CPI apurou que as agências de publicidade incorporaram bonificações em contratos com estatais. "Há um contrato que determina que esses valores cheguem à estatal e não tem nenhum sistema de vigilância", afirmou o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Fruet afirmou ainda que o relatório parcial trabalha com indícios. "É uma ingenuidade imaginar que a gente vai conseguir isolar o dinheiro. Ou seja, que o dinheiro entra carimbado nas contas de Marcos Valério como dinheiro de superfaturamento ou dinheiro destinado à corrupção e que esse dinheiro vá para pagar algum político. Essa perfeição não vai existir."
Com Agência Brasil
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CPI deve apontar outras três possíveis fontes de recursos de Valério
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O sub-relator de movimentações financeiras da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), afirmou que no relatório que irá divulgar na próxima semana apontará outras possíveis fontes de recursos repassados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza aos indicados por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Segundo Fruet, além do já citado contrato com a Visanet, os recursos teriam vindo de empresas privadas, os trabalhos para a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) e as bonificações que a DNA Propaganda recebia dos veículos de comunicação e não teria repassado às estatais.
Fruet afirmou que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou irregularidades nos contratos dos Correios e com as empresas de Valério e que houve "sobra" de dinheiro nas contas do empresário mineiro.
Fruet disse que não há elementos que mostrem que, nos Correios, foi realizada a mesma operação feita com a Visanet. Entretanto, ele declarou que foram encontrados indícios de superfaturamento nos contratos e notas que foram emitidas sem que os serviços fossem prestados.
O deputado afirmou que o relatório irá apontar também que o recurso pode ter origem em empresas privadas que "têm interesse no governo e viram no Marcos Valério a possibilidade de intermediar esses interesses".
A quarta possível fonte de recursos, de acordo com Fruet, é a bonificação recebida por Marcos Valério nos contratos de publicidade. "Ele movimentou, entre 2003 e meados de 2005, um valor de quase 150 milhões de reais em contratos. Considerando uma prática de mercado --que é a bonificação que fica em torno de 10 a 20% --já se tem uma origem considerável de recursos que podem ter sido utilizados para esse tipo de operação", acrescentou o sub-relator.
Uma auditoria feita pelo TCU em conjunto com a CPI apurou que as agências de publicidade incorporaram bonificações em contratos com estatais. "Há um contrato que determina que esses valores cheguem à estatal e não tem nenhum sistema de vigilância", afirmou o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Fruet afirmou ainda que o relatório parcial trabalha com indícios. "É uma ingenuidade imaginar que a gente vai conseguir isolar o dinheiro. Ou seja, que o dinheiro entra carimbado nas contas de Marcos Valério como dinheiro de superfaturamento ou dinheiro destinado à corrupção e que esse dinheiro vá para pagar algum político. Essa perfeição não vai existir."
Com Agência Brasil
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