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04/11/2005
-
20h04
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O empresário Marcos Valério de Souza afirmou nesta sexta-feira, por meio de nota, que são "equivocadas, fantasiosas e inverídicas" as informações do relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele não só contestou a versão de que a DNA teria que devolver R$ 9 milhões à Visanet como apontou situação inversa: é a agência que teria a receber dinheiro.
Nos sete itens da nota em que dá sua versão para a questão da verba Visanet, administrada pelo Banco do Brasil, Valério alega que os R$ 35 milhões depositados ficaram "intactos" na conta. Segundo ele, a DNA tinha saldo de R$ 11 milhões, além dos R$ 35 milhões, e que foi esse o dinheiro aplicado no banco BMG.
Na versão do relator, R$ 10 milhões dos R$ 35 milhões da Visanet foram aplicados no BMG pela DNA, que fez empréstimo no mesmo valor a Valério, dinheiro que teria irrigado o caixa do PT.
"O depósito de R$ 35 milhões da Visanet na conta da DNA aconteceu em 12 de março de 2004, data em que havia no caixa da DNA a quantia de R$ 11,657 milhões. No dia 22 de abril de 2004, quando foi feita a aplicação de R$ 10 milhões no BMG, o caixa da DNA tinha R$ 46,133 milhões. Ou seja, os R$ 35 milhões da Visanet continuavam intactos", diz a nota de Valério.
Na próxima semana um de seus advogados irá levar para as CPIs dos Correios e do Mensalão a documentação fiscal, contábil e bancária sobre os serviços prestados à Visanet.
Como o BB informou que a DNA tem que prestar contas de R$ 9,1 milhões, porque não haveria comprovação de prestação de serviços de marketing e comunicação, Valério disse que a DNA e o banco "realizavam, sistematicamente o 'encontro de contas'", e que "não há saldo de R$ 9 milhões a ser restituído à Visanet". Ele acrescentou: "Pelo contrário, documentos comprovam que a DNA chegou a efetuar pagamentos, que devem ser ressarcidos".
O valor que a DNA teria a receber não foi informado. A assessoria de Valério disse que esse levantamento ainda está sendo feito na contabilidade da agência.
Repúdio
Também em nota, a DNA contestou as declarações do relator. Segundo a agência, todas as informações e documentações foram encaminhadas à PF, que fez investigação, "a pedido da Procuradoria Geral da República, sobre o uso e aplicação dos investimentos realizados pela Visanet".
"A DNA Propaganda reafirma que jamais cobrou da Visanet, do Banco do Brasil, ou de qualquer outro cliente serviços que não tenham sido devidamente prestados e comprovados."
A agência lamentou a "divulgação precipitada e incorreta de responsabilidades" e disse que "não fez empréstimos bancários e não repassou um só centavo ao PT, a políticos de qualquer partido ou pessoas ligadas a estes".
O BMG informou que a manifestação que tinha a fazer sobre isso foi feita na nota de anteontem, na qual afirma ter executado as garantias oferecidas para o empréstimo, cujo valor teria sido abatido do total da dívida. Segundo o banco, essas informações foram encaminhadas à CPI dos Correios em 11 de outubro.
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Valério diz que versão do relator é "fantasiosa e inverídica"
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O empresário Marcos Valério de Souza afirmou nesta sexta-feira, por meio de nota, que são "equivocadas, fantasiosas e inverídicas" as informações do relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele não só contestou a versão de que a DNA teria que devolver R$ 9 milhões à Visanet como apontou situação inversa: é a agência que teria a receber dinheiro.
Nos sete itens da nota em que dá sua versão para a questão da verba Visanet, administrada pelo Banco do Brasil, Valério alega que os R$ 35 milhões depositados ficaram "intactos" na conta. Segundo ele, a DNA tinha saldo de R$ 11 milhões, além dos R$ 35 milhões, e que foi esse o dinheiro aplicado no banco BMG.
Na versão do relator, R$ 10 milhões dos R$ 35 milhões da Visanet foram aplicados no BMG pela DNA, que fez empréstimo no mesmo valor a Valério, dinheiro que teria irrigado o caixa do PT.
"O depósito de R$ 35 milhões da Visanet na conta da DNA aconteceu em 12 de março de 2004, data em que havia no caixa da DNA a quantia de R$ 11,657 milhões. No dia 22 de abril de 2004, quando foi feita a aplicação de R$ 10 milhões no BMG, o caixa da DNA tinha R$ 46,133 milhões. Ou seja, os R$ 35 milhões da Visanet continuavam intactos", diz a nota de Valério.
Na próxima semana um de seus advogados irá levar para as CPIs dos Correios e do Mensalão a documentação fiscal, contábil e bancária sobre os serviços prestados à Visanet.
Como o BB informou que a DNA tem que prestar contas de R$ 9,1 milhões, porque não haveria comprovação de prestação de serviços de marketing e comunicação, Valério disse que a DNA e o banco "realizavam, sistematicamente o 'encontro de contas'", e que "não há saldo de R$ 9 milhões a ser restituído à Visanet". Ele acrescentou: "Pelo contrário, documentos comprovam que a DNA chegou a efetuar pagamentos, que devem ser ressarcidos".
O valor que a DNA teria a receber não foi informado. A assessoria de Valério disse que esse levantamento ainda está sendo feito na contabilidade da agência.
Repúdio
Também em nota, a DNA contestou as declarações do relator. Segundo a agência, todas as informações e documentações foram encaminhadas à PF, que fez investigação, "a pedido da Procuradoria Geral da República, sobre o uso e aplicação dos investimentos realizados pela Visanet".
"A DNA Propaganda reafirma que jamais cobrou da Visanet, do Banco do Brasil, ou de qualquer outro cliente serviços que não tenham sido devidamente prestados e comprovados."
A agência lamentou a "divulgação precipitada e incorreta de responsabilidades" e disse que "não fez empréstimos bancários e não repassou um só centavo ao PT, a políticos de qualquer partido ou pessoas ligadas a estes".
O BMG informou que a manifestação que tinha a fazer sobre isso foi feita na nota de anteontem, na qual afirma ter executado as garantias oferecidas para o empréstimo, cujo valor teria sido abatido do total da dívida. Segundo o banco, essas informações foram encaminhadas à CPI dos Correios em 11 de outubro.
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