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05/11/2005
-
09h18
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
Uma nova testemunha do caso Celso Daniel foi ouvida ontem em sigilo por membros da CPI dos Bingos e por dois promotores de Justiça. O homem, cujo nome é mantido em segredo, disse ter presenciado o momento em que o prefeito de Santo André foi seqüestrado, em janeiro de 2002.
A versão apresentada por ele contrasta com a do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, que estava com Daniel na hora do seqüestro e foi apontado pelo Ministério Público como o mandante do crime --o corpo de Daniel foi encontrado dois dias depois.
Bastante nervosa, a testemunha disse que viu Daniel ser arrancado da Pajero onde estava "como um animal", que Gomes da Silva adotou uma atitude tranqüila e que três carros bloquearam o carro do petista. Na Justiça, Gomes da Silva disse que o próprio prefeito destravou a porta, que tentou segurá-lo, mas não conseguiu. Disse que dois carros participaram da ação.
Para a Promotoria, Gomes da Silva "omite" o terceiro carro porque nele estaria Dionísio Severo, apontado como o elo entre ele e o grupo da favela Pantanal acusado pelo crime --Severo foi morto.
A testemunha foi ouvida ontem na casa do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Estavam presentes o senador Romeu Tuma (PFL-SP), dois técnicos da CPI e os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Thomé Filho.
É a segunda pessoa que contou ter visto o momento exato do seqüestro de Daniel. Uma advogada já havia dito que, ao passar pelo local do crime, viu o petista ser tirado do carro. Gomes da Silva, afirmou ela, mantinha com os criminosos uma situação de aparente cumplicidade. Ela contou três carros na operação.
Os depoimentos das duas testemunhas, no entanto, apresentam conflitos. Para a advogada, o terceiro carro é um Santana branco. Para o homem, um Golf verde.
Ontem ainda, o grupo ouviu a antiga empregada doméstica de Daniel. Ela reafirmou ter encontrado no apartamento dele três sacolas com dinheiro.
Isso, para a Promotoria, reforça a tese de que Daniel participava de suposta coleta de propina na cidade.
O advogado Adriano Vanni disse que é possível que Gomes da Silva tenha se equivocado em relação ao número de carros, pois ele estava numa situação de extrema tensão. "Ele é vítima, estava sob rajada de metralhadora."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o caso Celso Daniel
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CPI ouve testemunha de seqüestro de prefeito
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da Folha de S.Paulo
Uma nova testemunha do caso Celso Daniel foi ouvida ontem em sigilo por membros da CPI dos Bingos e por dois promotores de Justiça. O homem, cujo nome é mantido em segredo, disse ter presenciado o momento em que o prefeito de Santo André foi seqüestrado, em janeiro de 2002.
A versão apresentada por ele contrasta com a do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, que estava com Daniel na hora do seqüestro e foi apontado pelo Ministério Público como o mandante do crime --o corpo de Daniel foi encontrado dois dias depois.
Bastante nervosa, a testemunha disse que viu Daniel ser arrancado da Pajero onde estava "como um animal", que Gomes da Silva adotou uma atitude tranqüila e que três carros bloquearam o carro do petista. Na Justiça, Gomes da Silva disse que o próprio prefeito destravou a porta, que tentou segurá-lo, mas não conseguiu. Disse que dois carros participaram da ação.
Para a Promotoria, Gomes da Silva "omite" o terceiro carro porque nele estaria Dionísio Severo, apontado como o elo entre ele e o grupo da favela Pantanal acusado pelo crime --Severo foi morto.
A testemunha foi ouvida ontem na casa do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Estavam presentes o senador Romeu Tuma (PFL-SP), dois técnicos da CPI e os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Thomé Filho.
É a segunda pessoa que contou ter visto o momento exato do seqüestro de Daniel. Uma advogada já havia dito que, ao passar pelo local do crime, viu o petista ser tirado do carro. Gomes da Silva, afirmou ela, mantinha com os criminosos uma situação de aparente cumplicidade. Ela contou três carros na operação.
Os depoimentos das duas testemunhas, no entanto, apresentam conflitos. Para a advogada, o terceiro carro é um Santana branco. Para o homem, um Golf verde.
Ontem ainda, o grupo ouviu a antiga empregada doméstica de Daniel. Ela reafirmou ter encontrado no apartamento dele três sacolas com dinheiro.
Isso, para a Promotoria, reforça a tese de que Daniel participava de suposta coleta de propina na cidade.
O advogado Adriano Vanni disse que é possível que Gomes da Silva tenha se equivocado em relação ao número de carros, pois ele estava numa situação de extrema tensão. "Ele é vítima, estava sob rajada de metralhadora."
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