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09/11/2005 - 13h02

Renan Calheiros adia sessão que prorrogaria CPI do Correios

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da Folha Online

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou nesta quarta-feira a leitura do requerimento que prorroga por seis meses os trabalhos da CPI dos Correios. Antes de suspender a sessão, Calheiros disse que precisava conferir o número de assinaturas do requerimento.

A decisão, no entanto, foi criticada por líderes de partidos da oposição. O líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), lembrou que o requerimento já tem o número de assinaturas exigido e que o documento não precisa ser votado, basta ser lido para garantir a prorrogação da CPI.

Maia considerou o adiamento da leitura uma manobra regimental e disse que o governo quer ganhar tempo.

Calheiros convocou uma nova reunião para hoje, após o encerramento das sessões da Câmara. O prazo para a CPI funcionar vence no fim deste mês.

Investigação

O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), disse temer que o governo tente retirar assinaturas do documento, como ocorreu antes da criação da CPI. Ele caracterizou esse procedimento como "vergonhoso".

Na avaliação de Goldman, os trabalhos da CPI devem ser prorrogados porque os parlamentares ainda não tiveram acesso a informações como as referentes às contas do publicitário Duda Mendonça no exterior.

A oposição ameaçou obstruir a votação de outras matérias na pauta do Congresso caso o requerimento não seja lido na sessão de hoje.

Prazo

Já o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), é contra a prorrogação do prazo. Ele argumentou que 180 dias é um prazo "razoável" para que a CPI investigue tudo o que for possível.

Fontana lembrou que, com a conclusão dos trabalhos e a aprovação de um relatório final, o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União poderão continuar as investigações. "Imaginar que a CPMI esgotaria todas as investigações é uma idéia irreal."

Fontana teme que a prorrogação dos trabalhos vá prejudicar as investigações que poderiam ser contaminadas pelo processo eleitoral de 2006, o que paralisaria o Congresso.

Com Agência Câmara

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