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09/11/2005
-
18h36
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O líder do PL na Câmara, Sandro Mabel (GO), afirmou nesta quarta-feira, ao apresentar sua defesa no plenário da Casa, que seu "calvário" terminou depois de cinco meses. "Volto a andar de cabeça erguida, feliz."
Mabel disse confiar que o plenário vai seguir a orientação do Conselho de Ética e arquivar o processo contra ele por quebra de decoro parlamentar.
A ação contra o deputado goiano foi movida por meio de uma representação feita pelo PTB, que alegou o envolvimento de Mabel com o esquema do "mensalão". Também pesou contra Mabel a suposta oferta de "luvas" de R$ 1 milhão mais R$ 50 mil por mês caso a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) aceitasse ingressar no PL.
O Conselho de Ética entendeu que não há provas contra o líder do PL e recomendou o arquivamento do seu processo.
"Sandrão"
Sem conter seu entusiasmo, o líder do PL comentou: "Nas ruas, as pessoas me cumprimentam com alegria. Ao ponto do gari que varre as ruas perto da minha casa dar um largo sorriso e dizer: Aí Sandrão. Graças a Deus que você está ficando bonito na foto outra vez."
Segundo Mabel, nestes cinco meses de investigação, ele foi alvo de uma "acusação injusta, uma tortura sem precedentes".
"Tive minha honra e meu nome maculados, minhas aspirações políticas foram abortadas. Apesar disso, não guardo mágoas, tive a consciência de confiar em meus pares do Conselho. Não aceitei a retirada da representação contra mim. Agora ando de cabeça erguida."
Ao encerrar sua defesa, Mabel agradeceu o apoio do plenário. "Obrigado pela confiança. O Sandrão voltará a ser feliz."
O relator do processo contra Mabel no Conselho, deputado Benedito de Lira (PP-AL), também relatou a matéria em plenário e voltou a defender o seu arquivamento. Segundo Bendito, não foram encontradas provas cabais contra Sandro Mabel. "As testemunhas do processo disciplinar não presenciaram nenhuma ação ilícita do representado. Não há prova contundente de suposta proposta indecorosa à deputada Raquel Teixeira."
Critério
Segundo o relator, o Conselho só teve a palavra de Mabel, contra a palavra de Raquel. As declarações do relator provocaram a indignação dos deputados do PSOL.
A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) foi a primeira a subir na tribuna e pedir a cassação de Mabel. Segundo ela, a decisão do Conselho deixou a deputada Raquel Teixeira em uma posição delicada. Luciana Genro lembrou que a parlamentar goiana estava sob juramento de dizer a verdade quando depôs no Conselho e que sua palavra deveria ter sido aceita.
Depois de Luciana Genro, o outro integrante do PSOL a fazer o uso da palavra foi o deputado João Batista Babá (PA). Na mesma linha da sua companheira de partido, o deputado paraense criticou a "falta de critério do Conselho" ao pedir o arquivamento do processo contra Mabel.
Babá criticou ainda o fato de o testemunho da deputada Raquel Teixeira ter sido desprezado.
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da Folha Online, em Brasília
O líder do PL na Câmara, Sandro Mabel (GO), afirmou nesta quarta-feira, ao apresentar sua defesa no plenário da Casa, que seu "calvário" terminou depois de cinco meses. "Volto a andar de cabeça erguida, feliz."
Mabel disse confiar que o plenário vai seguir a orientação do Conselho de Ética e arquivar o processo contra ele por quebra de decoro parlamentar.
A ação contra o deputado goiano foi movida por meio de uma representação feita pelo PTB, que alegou o envolvimento de Mabel com o esquema do "mensalão". Também pesou contra Mabel a suposta oferta de "luvas" de R$ 1 milhão mais R$ 50 mil por mês caso a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) aceitasse ingressar no PL.
O Conselho de Ética entendeu que não há provas contra o líder do PL e recomendou o arquivamento do seu processo.
"Sandrão"
Sem conter seu entusiasmo, o líder do PL comentou: "Nas ruas, as pessoas me cumprimentam com alegria. Ao ponto do gari que varre as ruas perto da minha casa dar um largo sorriso e dizer: Aí Sandrão. Graças a Deus que você está ficando bonito na foto outra vez."
Segundo Mabel, nestes cinco meses de investigação, ele foi alvo de uma "acusação injusta, uma tortura sem precedentes".
"Tive minha honra e meu nome maculados, minhas aspirações políticas foram abortadas. Apesar disso, não guardo mágoas, tive a consciência de confiar em meus pares do Conselho. Não aceitei a retirada da representação contra mim. Agora ando de cabeça erguida."
Ao encerrar sua defesa, Mabel agradeceu o apoio do plenário. "Obrigado pela confiança. O Sandrão voltará a ser feliz."
O relator do processo contra Mabel no Conselho, deputado Benedito de Lira (PP-AL), também relatou a matéria em plenário e voltou a defender o seu arquivamento. Segundo Bendito, não foram encontradas provas cabais contra Sandro Mabel. "As testemunhas do processo disciplinar não presenciaram nenhuma ação ilícita do representado. Não há prova contundente de suposta proposta indecorosa à deputada Raquel Teixeira."
Critério
Segundo o relator, o Conselho só teve a palavra de Mabel, contra a palavra de Raquel. As declarações do relator provocaram a indignação dos deputados do PSOL.
A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) foi a primeira a subir na tribuna e pedir a cassação de Mabel. Segundo ela, a decisão do Conselho deixou a deputada Raquel Teixeira em uma posição delicada. Luciana Genro lembrou que a parlamentar goiana estava sob juramento de dizer a verdade quando depôs no Conselho e que sua palavra deveria ter sido aceita.
Depois de Luciana Genro, o outro integrante do PSOL a fazer o uso da palavra foi o deputado João Batista Babá (PA). Na mesma linha da sua companheira de partido, o deputado paraense criticou a "falta de critério do Conselho" ao pedir o arquivamento do processo contra Mabel.
Babá criticou ainda o fato de o testemunho da deputada Raquel Teixeira ter sido desprezado.
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