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13/11/2005
-
09h31
SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho estruturou um plano B caso fracasse sua tentativa de ser o indicado pelo PMDB à eleição presidencial de 2006: concorreria à Câmara dos Deputados pelo partido, mas colocaria à disposição do vice-presidente José Alencar, como eventual candidato do PRB, os votos evangélicos que acredita controlar.
Assim, Alencar teria, na prática, a união dos evangélicos do país em torno de sua candidatura. O PRB (Partido Republicano do Brasil) foi criado em agosto, com base em assinaturas de fiéis da Igreja Universal.
Esse panorama é tido pela equipe de Garotinho como muito provável no caso de o PMDB decidir não lançar um candidato próprio.
A convenção do PMDB já decidiu em dezembro pela candidatura própria, mas existe no partido uma corrente importante que defende, até agora reservadamente, a formação de uma aliança com o PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorreria à reeleição e o vice seria um peemedebista.
Na semana passada, Garotinho foi inocentado pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) da acusação de compra de votos na eleição de 2004. Mas o Ministério Público Eleitoral e a coligação Força do Coração (de oposição a ele) recorrerão da sentença.
Na previsão mais otimista, os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começarão a estudar o processo em março. Para Garotinho, o ideal é que haja o máximo de demora. Isso porque, presume ele, o tribunal não teria respaldo político e da sociedade para cassar um candidato à Presidência de um partido importante como o PMDB ou, se a ação demorar, um presidente eleito.
Caso perca no tapetão, como costuma dizer, da Justiça Eleitoral ou do PMDB, Garotinho diz a auxiliares que se recusará a apoiar a chapa PT-PMDB. Também afirma que não aceitará uma coligação com o PSDB. Daí a decisão de aderir à provável candidatura de Alencar. Nos últimos dias, Garotinho cunhou até a expressão "petecano", uma mistura de características de petistas e tucanos.
Candidato próprio
Já se o PMDB mantiver a decisão de ter candidato próprio, Garotinho, em caso de derrota na prévia, afirma que fará campanha pelo vencedor.
"Se eu perder, no minuto seguinte o vencedor terá o meu apoio para vencer os nossos adversários. Sou um homem de partido, embora muitos digam que não. Fiquei 18 anos no PDT."
As arestas entre Garotinho e a Igreja Universal já começaram a ser aparadas. Dirigida pelo bispo Edir Macedo, a Universal sempre teve postura crítica em relação ao candidato do PSB na última eleição presidencial --Garotinho ficou em terceiro lugar, com cerca de 15 milhões de votos.
Essa situação já está mudando. Antes da filiação de Alencar ao PRB, Garotinho e sua mulher, a governadora Rosinha Matheus, conversaram com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho do bispo Macedo e um dos organizadores do novo partido.
À Folha, Crivella disse que, se Alencar não concorrer à Presidência, o PRB poderá apoiar as pretensões de Garotinho.
Na entrevista, Crivella foi extremamente elogioso a Garotinho e ao projeto de programa de governo do PMDB.
Garotinho tem percorrido o país para participar de shows gospel, cultos e reuniões com lideranças evangélicas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Anthony Garotinho
Garotinho diz apoiar Alencar se PMDB não tiver candidato
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho estruturou um plano B caso fracasse sua tentativa de ser o indicado pelo PMDB à eleição presidencial de 2006: concorreria à Câmara dos Deputados pelo partido, mas colocaria à disposição do vice-presidente José Alencar, como eventual candidato do PRB, os votos evangélicos que acredita controlar.
Assim, Alencar teria, na prática, a união dos evangélicos do país em torno de sua candidatura. O PRB (Partido Republicano do Brasil) foi criado em agosto, com base em assinaturas de fiéis da Igreja Universal.
Esse panorama é tido pela equipe de Garotinho como muito provável no caso de o PMDB decidir não lançar um candidato próprio.
A convenção do PMDB já decidiu em dezembro pela candidatura própria, mas existe no partido uma corrente importante que defende, até agora reservadamente, a formação de uma aliança com o PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorreria à reeleição e o vice seria um peemedebista.
Na semana passada, Garotinho foi inocentado pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) da acusação de compra de votos na eleição de 2004. Mas o Ministério Público Eleitoral e a coligação Força do Coração (de oposição a ele) recorrerão da sentença.
Na previsão mais otimista, os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começarão a estudar o processo em março. Para Garotinho, o ideal é que haja o máximo de demora. Isso porque, presume ele, o tribunal não teria respaldo político e da sociedade para cassar um candidato à Presidência de um partido importante como o PMDB ou, se a ação demorar, um presidente eleito.
Caso perca no tapetão, como costuma dizer, da Justiça Eleitoral ou do PMDB, Garotinho diz a auxiliares que se recusará a apoiar a chapa PT-PMDB. Também afirma que não aceitará uma coligação com o PSDB. Daí a decisão de aderir à provável candidatura de Alencar. Nos últimos dias, Garotinho cunhou até a expressão "petecano", uma mistura de características de petistas e tucanos.
Candidato próprio
Já se o PMDB mantiver a decisão de ter candidato próprio, Garotinho, em caso de derrota na prévia, afirma que fará campanha pelo vencedor.
"Se eu perder, no minuto seguinte o vencedor terá o meu apoio para vencer os nossos adversários. Sou um homem de partido, embora muitos digam que não. Fiquei 18 anos no PDT."
As arestas entre Garotinho e a Igreja Universal já começaram a ser aparadas. Dirigida pelo bispo Edir Macedo, a Universal sempre teve postura crítica em relação ao candidato do PSB na última eleição presidencial --Garotinho ficou em terceiro lugar, com cerca de 15 milhões de votos.
Essa situação já está mudando. Antes da filiação de Alencar ao PRB, Garotinho e sua mulher, a governadora Rosinha Matheus, conversaram com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho do bispo Macedo e um dos organizadores do novo partido.
À Folha, Crivella disse que, se Alencar não concorrer à Presidência, o PRB poderá apoiar as pretensões de Garotinho.
Na entrevista, Crivella foi extremamente elogioso a Garotinho e ao projeto de programa de governo do PMDB.
Garotinho tem percorrido o país para participar de shows gospel, cultos e reuniões com lideranças evangélicas.
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