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16/11/2005 - 11h56

CPI adia sessão e Lando tenta colher assinaturas para prorrogar trabalhos

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), conseguiu adiar para a tarde desta quarta-feira a reunião da comissão na qual deverá ser lido o relatório final do deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG).

A sessão estava marcada para as 10h e foi aberta com quase duas horas de atraso por Lando, devido à insistência do relator, que quer finalizar os trabalhos da CPI ainda hoje. No entanto, por falta de quorum, a reunião ficou para as 14h.

O objetivo de Lando é colher as assinaturas necessárias para prorrogar os trabalhos da CPI por mais um mês. Segundo o presidente da CPI, pela manhã, ele recebeu o apoio das lideranças das bancadas do PMDB, PSDB e PFL.

Estas lideranças se encarregaram de conseguir as 171 assinaturas de deputados necessárias para a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 30 dias. No Senado, as 27 assinaturas necessárias já foram conseguidas.

Caso o número mínimo de endossos não seja alcançado, esta pode ser a última sessão da CPI do Mensalão. O prazo para o funcionamento da CPI termina à meia-noite desta quarta-feira. O relator diz que não precisa de mais prazo e que seu parecer está pronto, mas se algum deputado pedir vistas ao parecer, sem a prorrogação do prazo, a CPI pode encerrar seus trabalhos sem um relatório final.

Enquanto os líderes partidários buscam as assinaturas necessárias, Lando vai conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além do requerimento de prorrogação, ainda é preciso para prorrogar os trabalhos da comissão que seja realizada, ainda hoje, uma sessão conjunta extraordinária do Congresso, para que o requerimento de prorrogação dos trabalhos seja lido.

Relatório

Em seu parecer, Abi-Ackel deve afirmar que não encontrou indícios que provem a existência do "mensalão", mas que parlamentares acusados de envolvimento em irregularidades utilizaram o caixa dois para financiar parte de suas campanhas ou pagar dívidas.

No documento, o relator irá afirmar ainda que houve repasses ilícitos, mas não periódicos, e que, por isso, não é possível provar que houve o pagamento de mesada a parlamentares da base em troca de apoio político.

Abi-Ackel informou hoje que não incluirá novos nomes de parlamentares no relatório. Segundo ele, os nomes de todos os parlamentares envolvidos já foram encaminhados ao Conselho de Ética.

No entanto, Abi-Ackel disse que constará no documento os nomes de quem ele classifica como "corruptores": o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e sua funcionária, Simone Vasconcelos, além de diretores dos bancos BMG e Rural e do publicitário Duda Mendonça.

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