Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/11/2005 - 19h02

Klinger diz que PT pressionou para investigar caso Celso Daniel

Publicidade

ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Em seu depoimento à CPI dos Bingos, o ex-secretário da Prefeitura de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza afirmou que ele e o grupo político que apoiavam o prefeito Celso Daniel pressionaram a polícia investigar o assassinato. "A polícia foi pressionada para fazer a investigação e não politizar o caso", disse.

O ex-secretário também tentou desqualificar os depoimentos de João Francisco e Bruno Daniel, irmãos do prefeito assassinado. Os dois disseram à comissão que havia um esquema de corrupção na prefeitura comandado por Klinger.

João Francisco e Bruno também afirmaram que Celso Daniel havia feito um dossiê para se proteger de Klinger, Sergio Gomes da Silva, o "Sombra", e Ronan Maria Pinto, dono de empresas de transporte coletivo em Santo André. A conversa teria acontecido outubro de 2001, quando o então prefeito teria tirado uma tarde para "relaxar".

"Eu fiquei muito impactado com esta informação, tanto que fui investigar a agenda do Celso. Na agenda do Celso não consta esta tarde. Não dá para acreditar que ele tenha dito que estava fazendo um dossiê para se proteger de Klinger, Sérgio e Ronan. Muito me estranha somente três anos depois da morte do Celso Daniel o seu irmão se lembrar de que ele falou deste dossiê", afirmou Klinger.

Na avaliação de Klinger, O PT de Santo André foi o maior prejudicado com a demora na prisão dos assassinos de Celso Daniel. "A cada dia que se fica sem prender os assassinos, nós saímos perdendo", afirmou. Klinger confirmou o depoimento de Ronan Maria Pinto, que afirmou à CPI que nunca contribuiu com dinheiro para campanhas do PT. "A única ajuda que recebi do Ronan foi ele deixar fazer campanha na porta da empresa dele."

Ao se defender das acusações de corrupção, Klinger afirmou que até hoje a única prova de enriquecimento ilícito encontrada nas suas contas é um cheque no valor de R$ 3.000. Segundo ele, este cheque foi para o pagamento da compra de um equipamento que ele fez, no cartão de crédito de sua mulher, durante uma viagem para os Estados Unidos. O equipamento foi encomendado por um amigo.

Sobre a gravação feita pela Polícia Federal, que investigava o caso Santo André, na qual ele diz estar apavorado e que precisa "armar alguma coisa" sobre as versões para a morte de Celso Daniel, Klinger disse que "armar significava buscar provas para divulgar uma versão verdadeira dos fatos."

Leia mais
  • Klinger nega arrecadação de propina em Santo André
  • Sombra vai depor na CPI dos Bingos como testemunha

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
  • Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página