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18/11/2005
-
10h47
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante entrevista concedida para nove emissoras de rádio, que não viu qualquer crime cometido pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP).
Sobre sua declaração anterior, de que sabe que Dirceu será cassado, o presidente disse não acreditar que suas palavras prejudicarão a defesa do seu ex-ministro. "Não acredito que minha fala tenha prejudicado o Zé Dirceu. O que eu tenho visto são as pessoas condenarem a priori o Zé Dirceu. Eu fico me perguntando qual crime o Zé Dirceu cometeu."
O presidente lembrou que a pessoa que acusou Dirceu, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), perdeu o seu mandato parlamentar por ter feito acusações sem provas.
O presidente afirmou por várias vezes durante a entrevista ter certeza de que não existe o chamado "esquema do mensalão" denunciado por Jefferson. Segundo Lula, o resultado final da CPI da Compra de votos comprova que não houve "mensalão". O problema, na opinião do presidente, é tirar essa idéia da "cabeça do povo".
Lula criticou a proposta da oposição de prorrogar até abril do ano que vem a CPI dos Correios. De acordo com o presidente, o objetivo da oposição é arrastar as discussões sobre a CPI durante 2006, que é um ano eleitoral. "A oposição já disse que quer sangrar o governo até as eleições. A prorrogação até abril é uma tentativa de arrastar 2006 com a CPI. Esta é uma disputa no Congresso que o governo pouco pode interferir."
Política econômica
Ainda durante a entrevista, o presidente Lula defendeu a política econômica do seu governo. "A política econômica do nosso governo tem sido muito exitosa."
O presidente avaliou também que o ajuste fiscal é necessário para o país. Segundo ele, o governo irá gastar o que puder gastar. "Nós fazemos ajuste fiscal por uma questão de responsabilidade. Um bom governante trata as questões financeiras de seu país como trata as questões financeiras de sua casa, com muita responsabilidade."
Lula ainda rejeitou as acusações da oposição de que já está em campanha eleitoral e afirmou que seu compromisso "não é com as próximas eleições", mas com a "próxima geração".
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante entrevista concedida para nove emissoras de rádio, que não viu qualquer crime cometido pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP).
Sobre sua declaração anterior, de que sabe que Dirceu será cassado, o presidente disse não acreditar que suas palavras prejudicarão a defesa do seu ex-ministro. "Não acredito que minha fala tenha prejudicado o Zé Dirceu. O que eu tenho visto são as pessoas condenarem a priori o Zé Dirceu. Eu fico me perguntando qual crime o Zé Dirceu cometeu."
O presidente lembrou que a pessoa que acusou Dirceu, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), perdeu o seu mandato parlamentar por ter feito acusações sem provas.
O presidente afirmou por várias vezes durante a entrevista ter certeza de que não existe o chamado "esquema do mensalão" denunciado por Jefferson. Segundo Lula, o resultado final da CPI da Compra de votos comprova que não houve "mensalão". O problema, na opinião do presidente, é tirar essa idéia da "cabeça do povo".
Lula criticou a proposta da oposição de prorrogar até abril do ano que vem a CPI dos Correios. De acordo com o presidente, o objetivo da oposição é arrastar as discussões sobre a CPI durante 2006, que é um ano eleitoral. "A oposição já disse que quer sangrar o governo até as eleições. A prorrogação até abril é uma tentativa de arrastar 2006 com a CPI. Esta é uma disputa no Congresso que o governo pouco pode interferir."
Política econômica
Ainda durante a entrevista, o presidente Lula defendeu a política econômica do seu governo. "A política econômica do nosso governo tem sido muito exitosa."
O presidente avaliou também que o ajuste fiscal é necessário para o país. Segundo ele, o governo irá gastar o que puder gastar. "Nós fazemos ajuste fiscal por uma questão de responsabilidade. Um bom governante trata as questões financeiras de seu país como trata as questões financeiras de sua casa, com muita responsabilidade."
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